Em mais um episódio tipico de quem prefere o atraso político, o prefeito cassado de Barroquinha, Jaime Veras, tenta emplacar uma manobra vergonhosa para manter suas garras fincadas na prefeitura. Ocorre que: de forma descarada, ele mandou para a Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 014/2025, criando 118 cargos comissionados, sem explicar o porquê, sem dizer o que fariam esses cargos, e muito menos mostrando de onde sairia o dinheiro. É um tapa na cara da legalidade e um deboche com a cara do povo.
A intenção é clara como o dia: transformar a máquina pública num balcão de favores, comprando apoios com cargos fantasmas para tentar se manter influente mesmo depois de ter sido chutado do cargo. É a velha politicagem de sempre, onde o interesse público fica em último lugar. Uma tentativa suja de montar um curral eleitoral pago com dinheiro do contribuinte.
O Ministério Público do Ceará foi direto ao ponto. O promotor Francisco Handerson Miranda Gomes detonou a proposta, dizendo que ela rasga princípios básicos da administração pública e serve apenas a interesses políticos. A denúncia é pesada e joga luz sobre o verdadeiro objetivo do projeto: usar a estrutura da prefeitura como ferramenta de dominação política.
A proposta já está sendo contestada na Justiça, com Ação Popular pedindo liminar para barrar a farra antes que o estrago seja feito. Segundo o MP, se a medida for adiante, o rombo nos cofres da cidade será enorme e quem vai pagar essa conta, como sempre, é o povo.
Carlos Jardel
