Primeira-dama da Alece lança cartilha para combater a violência política de gênero - Revista Camocim

segunda-feira, 31 de março de 2025

Primeira-dama da Alece lança cartilha para combater a violência política de gênero

 



A primeira edição da Cartilha Violência Política de Gênero no Brasil e no Ceará reúne informações detalhadas sobre as diversas formas de violência política enfrentadas por mulheres no cenário político brasileiro.


A obra reúne conceitos, informações sobre a legislação, relatos de casos históricos, orientações sobre como prevenir e denunciar situações enfrentadas pelas mulheres no contexto político.


A cartilha é de autoria da primeira-dama da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) Tainah Marinho, em parceria com a advogada mestre em direito constitucional, Luciana Carneiro, e o advogado Thiago Façanha, membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/CE.


A realidade refere-se a um conjunto de atos que visam excluir, prejudicar ou limitar a atuação das mulheres na política, simplesmente pelo fato de serem mulheres. Esse tipo de violência, presente desde a inclusão das mulheres nos espaços políticos, tem aumentado de forma significativa ao longo do tempo.


Diversos contextos


A cartilha apresenta casos concretos de violência ocorridos em diversos contextos, tanto dentro quanto fora dos Plenários, além de abordar a violência no âmbito virtual, onde essa prática é ainda mais prevalente. Os tipos de violência descritos incluem as formas física, moral, sexual, psicológica e institucional.


A coautora da Cartilha, Luciana Carneiro, destaca a preocupação constante com as ações de violência, que muitas vezes se manifesta de forma velada e é injustificadamente minimizada, que continua a desrespeitar as mulheres, tanto dentro quanto fora dos ambientes governamentais.


“Dentro das Casas legislativas, ela ocorre por meio da exclusão deliberada de mulheres de debates e comissões importantes, pela deslegitimação de suas propostas, além de ofensas veladas ou explícitas durante as sessões – muitas vezes normalizadas como ‘parte do jogo político’”, descreve a advogada.


Já fora do Parlamento, segue Luciana, a violência se amplifica nas redes sociais, com campanhas de difamação, discursos de ódio e ameaças, especialmente durante períodos eleitorais”, pontuou.


Fonte: O Otimista