O presidente da Câmara de Vereadores de Barroquinha, professor Wilson, tem se mostrado relutante em adotar uma postura autoritária no exercício de seu cargo. Tudo indica — pelo menos até aqui — que não governará com chicote nas mãos, utilizando a presidência como uma ferramenta para intimidar a oposição, ou se submeter a influências externas, como as sugestões do prefeito Jaime Veras, com quem mantém uma aliança. Ele tem buscado respeitar a independência que a Constituição lhe assegura.
O chefe do legislativo tem promovido diálogos construtivos com os vereadores das duas bancadas, além de manter contato com diversas representações da sociedade. Em uma dessas reuniões, realizada ontem, ele se encontrou com os vereadores oposicionistas Jodeal Alcântara, Amanajás Araújo e Valdécio Rocha, além dos aliados Genilson Morreira, Júnior Magalhães e Arlene Alves. O objetivo da conversa foi debater os projetos apresentados por esses parlamentares, com ênfase na implementação de novos serviços e melhorias para a cidade de Barroquinha.
Na mesma linha, o presidente também se reuniu ontem com a equipe de endemias e representantes das categorias de psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais do município, ouvindo suas demandas e, conforme a atuação da Câmara, tomando as medidas necessárias para encaminhá-las.
Essa postura mais autônoma tem causado desconforto na elite do grupo político do prefeito Jaime Veras, que esperava um cão de briga ou uma marionete. Esse desconforto conheceu a luz do dia após o desabafo público do presidente na segunda sessão ordinária, em que relatou os ataques sofridos por seus aliados.
Bom, mas, as águas vão rolar! Até lá, tudo pode mudar para melhor ou para pior, sendo que neste ultimo caso, poderemos presenciar a destruição de uma reputação pública.
Carlos Jardel