Após tomar posse como presidente da Assembleia Legislativa no dia 1º de fevereiro, o deputado Romeu Aldigueri (PDT) está dando início a um processo de “reestruturação” da Casa, que envolve medidas de austeridade e modernização do Legislativo. Entre as primeiras ações, o parlamentar disse em contato com esta Coluna que determinou a realização de um recadastramento geral dos servidores, além da convocação de concursados e da redução de cargos em grupos de trabalho e terceirizados.
A decisão de recadastrar os funcionários da Casa, além de dar uma dimensão melhor do corpo funcional, tem um motivo central: 60% dos servidores efetivos já possuem tempo para aposentadoria, mas seguem na ativa recebendo o chamado “abono de permanência”, um benefício pago a quem opta por continuar no serviço público mesmo após cumprir os requisitos para se aposentar.
O levantamento pretende dar um diagnóstico preciso sobre essa realidade e embasar decisões administrativas, segundo ele.
Nomeações e novo concurso
Outra iniciativa anunciada é a convocação dos aprovados que ainda aguardam a nomeação no último concurso público da Alece . Além disso, Aldigueri diz que fará um novo concurso nos próximos dois anos, para elevar o quadro de servidores de carreira.
O novo presidente também quer reduzir os cargos temporários criados em grupos de trabalho, além de restringir a mão de obra terceirizada. A meta é tornar a estrutura do Legislativo mais eficiente, racionalizando despesas com pessoal.
Desafios da modernização
Outra providência que o novo presidente diz implantar é a distribuição igualitária de benefícios como vale-refeição.
Com as medidas, o novo presidente da Alece sinaliza querer imprimir uma marca de gestão autera, mas certamente terá muito a negociar. O desafio será equilibrar modernização da gestão e as acomodações políticas comuns no poder público.
Diário do Nordeste