A tempestade no litoral norte de São Paulo durante o Carnaval foi a chuva mais intensa que se tem registro na história do Brasil. O acumulado de 682 milímetros (mm) deixou rastros de destruição e provocou mais de 60 mortes. No Ceará, a maior chuva nos últimos 50 anos - período de início do monitoramento pluviométrico pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) - ocorreu no Crato, em 2004. Um acumulado de 290 mm.
Notícias da época apontam que na Região do Cariri, além do Crato, cidades como Juazeiro do Norte, Várzea Alegre, Lavras da Mangabeira e Caririaçu foram afetadas.
Pessoas desabrigadas, rios transbordando, estradas obstruídas, deslizamento de barreiras, plantações destruídas, municípios isolados devido às condições das estradas, foram alguns dos rastros desse dia de chuva intensa.
A situação no Ceará, apesar das proporções serem distintas do cenário de São Paulo, também gerou inúmeros riscos como: inundações de casas, comércios e plantações, desabamentos, enchentes, interdição de rodovias e até deixou comunidades isoladas devido às dificuldades no acesso.
Na história do Estado, nos últimos 50 anos, as 5 maiores precipitações monitoradas pela Funceme ocorreram em 4 diferentes cidades: Crato, Tauá, Caucaia e Icapuí. Vale ressaltar que a métrica utilizada pelo órgão do Governo considera o volume de chuvas registrado entre às 7h de um dia até as 7h da manhã do outro.
O Diário do Nordeste listou as maiores chuvas ocorridas no Estado e também em Fortaleza desde 1973. Em alguns casos, o elevado volume de água chegou a situação extrema de gerar até mortes.
Oficialmente, as maiores chuvas no Estado ocorreram todas dos anos 2000 em diante. Mas, antes disso, como em 1997, chuvas bastante intensas foram noticiadas, como a do dia 24 de abril daquele ano em Fortaleza.
À época, registros da imprensa apontavam uma chuva de 270 mm na Capital, mas o registro oficial da Funceme considerando o volume registrado das 7h às 7h do dia seguinte não contabilizou esse volume.
Informações do Jornal Diário do Nordeste