Grave: Mãe denuncia falta de transporte e fisioterapia para crianças em Camocim - Revista Camocim

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Grave: Mãe denuncia falta de transporte e fisioterapia para crianças em Camocim

 

Foto meramente ilustrativa 

Uma moradora da zona rural de Camocim, - cujo nome não será revelado para evitar perseguição política - denunciou a falta de transporte para emergências e a interrupção do tratamento fisioterapêutico de sua filha, uma criança de 1 ano e 11 meses com displasia na bacia e plagiocefalia.


Segundo o relato, a unidade de saúde do Km 5 não dispõe de carro de apoio para levar pacientes em estado grave até a cidade, o que tem causado transtornos e riscos para quem precisa de atendimento urgente. Além disso, a mãe denuncia que sua filha está há quase dois meses sem fisioterapia, pois o profissional que realizava o atendimento foi desligado e até o momento a prefeitura não convocou novos especialistas para o serviço.


A criança necessita de acompanhamento contínuo devido às suas condições de saúde. A mãe relatou que os ossos da filha estalam ao trocar a fralda e que ela já sofreu crises em que chegou a vomitar sangur. Ela buscou respostas na prefeitura, mas foi informada de que não há previsão para a recontratação dos fisioterapeutas.


No Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), a situação também é preocupante. Segundo a denunciante, apenas uma funcionária está atuando no local, sem médico disponível para atender a população.


O Revista Camocim fez a transcrição do áudio da denúncia enviada ao radialista Miqueias Santos.


"Aqui no postinho do quilômetro 5, que tem um posto de saúde, não há carro de apoio para levar as pessoas que passam mal no interior para a cidade, para o hospital ou para a UPA. Não tem carro de apoio para transportar a população. Além disso, já faz quase dois meses que minha filha, que tem um bebê, não faz fisioterapia, porque retiraram o profissional que fazia o tratamento da minha neta. Colocaram os concursados para fora, e até agora a prefeitura não chamou mais ninguém para trabalhar com as fisioterapias das pessoas que precisam, como a minha bebê.


Minha filha não anda, não se sustenta direito, nasceu com displasia na bacia e plagiocefalia na cabeça. Ela faz tratamento e já tem 1 ano e 11 meses. O que mais me preocupa é que, toda vez que troco a fralda dela, os ossos estalam. Já fui até o gabinete falar com o pessoal de lá para tentar uma resposta, mas eles apenas dizem que ainda não chamaram ninguém e que não há previsão para convocar os médicos.


Isso me deixa aflita, porque minha filha precisa, primeiramente, de Deus – assim como todos nós precisamos – e também do tratamento para melhorar dos problemas que tem. No NASF, hoje, só está a Ednaia, que é funcionária da saúde. Não tem médico atendendo.


Quando minha filha tem crises, ela começa a vomitar sangue, e os estalos na perna me assustam muito. Ela também tem um problema na cabeça. E parece que ninguém tem misericórdia da gente. A população espera quatro anos para ver melhorias, mas as coisas não mudam. Ainda assim, tenho fé em Deus que tudo vai dar certo.


Gostaria que você falasse sobre isso no rádio, no seu programa, para ver se pode me ajudar."


Carlos Jardel