Jair Bolsonaro tinha conhecimento e concordou com o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Corte Alexandre de Moraes, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta terça-feira (18). A denúncia, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), detalha que o plano arquitetava o assassinato de Moraes e o envenenamento de Lula, além da tentativa de "neutralizar" o Supremo.
Caso a denúncia seja aceita pelo STF, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no tribunal. No documento, assinado por Gonet, a PGR descreve os crimes que embasaram as acusações.
"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de 'Punhal Verde Amarelo'", diz a denúncia.
Conforme o documento da PGR, o "plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições".
Diário do Nordeste