A turista do Mato Grosso acertou ao apontar falhas na infraestrutura de Camocim e a desorganização em alguns estabelecimentos comerciais, como restaurantes, barracas e lanchonetes. Concordo que esses pontos precisam ser melhorados para oferecer um turismo de qualidade. No entanto, ela exagerou e foi infeliz ao generalizar questões como preços abusivos e ao criticar a culinária local.
Comparados a outras cidades turísticas do Nordeste com menos potencial que Camocim, nossos preços, de modo geral, não são abusivos. A crítica à culinária foi especialmente ofensiva, desrespeitando nossos cozinheiros e chefs, que tanto nos orgulham. Quem é essa senhora para desmerecer profissionais tão competentes? Nem mesmo uma autoridade no assunto teria esse direito.
Além disso, ao chamar nossos trabalhadores de "sem educação e sem cultura", ela cometeu outro erro grave. Generalizações desse tipo são desonestas. Embora possa haver casos isolados, o povo de Camocim, no geral, é educado, atencioso e honesto.
Ela poderia ter sido específica, mas optou por generalizar e ofender a todos.
Camocim precisa de turistas, inclusive daqueles que trazem críticas construtivas. No entanto, não precisamos de visitantes arrogantes, ignorantes e prepotentes – nenhuma cidade precisa.
Dito isso, é essencial que a prefeita, gestores municipais e empresários do setor turístico, independentemente do porte, reflitam sobre os pontos válidos da crítica. Melhorar a infraestrutura, organizar melhor os estabelecimentos e elevar o padrão do atendimento são passos necessários para consolidar Camocim como um destino turístico de excelência.
Carlos Jardel