Jovem é baleada a caminho de festa de Natal durante abordagem da PRF no RJ - Revista Camocim

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Jovem é baleada a caminho de festa de Natal durante abordagem da PRF no RJ



Uma jovem de 26 anos foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís (BR-040), no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (24), véspera de Natal. O caso é investigado pela Polícia Federal.


Identificada como Juliana Leite Rangel, ela estava num carro com a família a caminho da ceia de Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói. Porém, a viagem foi interrompida quando o veículo foi atingido por disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.


O pai dela, Alexandre Rangel, motorista do veículo, afirmou à TV Globo que quando ouviu a sirene do carro da polícia, ligou a seta para sinalizar parada, mas os agentes já saíram da viatura atirando.


“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: 'Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, declarou Alexandre.


Juliana foi socorrida para o Hospital Adão Pereira Nunes e passou por cirurgia. O estado de saúde dela é considerado gravíssimo, conforme a Secretaria de Saúde de Duque de Caxias.


Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve lesões mais graves e teve alta ainda pela noite.


Muito tiro, relata a mãe

Deyse Rangel, mãe de Juliana, conta que também não entendeu o motivo da abordagem.


"A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia'. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou.


A PRF informou, por nota, que a Corregedoria-Geral em Brasília investiga o caso. Os agentes envolvidos na ação foram afastados de todas as atividades operacionais.


"A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família", completa.


Diário do Nordeste