Na tarde de segunda-feira, 9 de dezembro, policiais militares dos destacamentos de Parazinho e Granja cumpriram um mandado de prisão contra Raimunda Nonata Laurinda da Silveira, de 29 anos, na localidade de Buriti, zona rural de Camocim. A mulher foi condenada por enterrar viva sua filha recém-nascida, crime ocorrido em março de 2019.
O caso chocante veio à tona quando moradores da região ouviram o choro da bebê e a localizaram, já sem vida. Laudos periciais confirmaram que a criança foi enterrada viva, morrendo por asfixia. Segundo Antônio Veras Nogueira, auxiliar de perícia do Núcleo da Perícia Forense (Pefoce), a recém-nascida foi encontrada com areia na traqueia e sem órgãos internos devido à ação de animais.
Em 27 de junho de 2023, Raimunda foi condenada pelo Tribunal do Júri da Comarca de Camocim a 14 anos e três meses de prisão por homicídio qualificado. Durante o julgamento, o Ministério Público do Ceará (MPCE) destacou que a acusada havia planejado o crime, escondendo a gravidez de nove meses e afirmando posteriormente que tentou abortar por receio de críticas e dificuldades financeiras.
Após recorrer da decisão e permanecer em liberdade desde setembro de 2021, Raimunda foi finalmente presa e conduzida a uma unidade prisional para cumprir sua pena. A 1ª Promotoria de Justiça de Camocim classificou a motivação do crime como "fútil e desproporcional", reforçando a gravidade dos atos que culminaram na morte da criança.
Via Miqueias Santos