Barroquinha vive momentos sombrios, onde o grupo que venceu as eleições carrega o amargo sabor de uma vitória disfarçada de derrota. Incapazes de aceitar o apoio massivo à candidata da oposição, o grupo vencedor respondeu com uma onda brutal de perseguição e intimidação. Em vez de agir com humildade e buscar o bem da cidade, o governo tem plantado o terror, obrigando servidores da prefeitura a comprarem apenas em comércios por eles determinados, numa tentativa desesperada de desestabilizar a economia local.
Essa manobra insana, além de ameaçar aumentar o desemprego e concentrar a renda nas mãos de poucos, tem um objetivo ainda mais cruel: punir os comerciantes que ousaram apoiar a oposição, na esperança de um futuro melhor para Barroquinha. Esses empresários, que com tanto esforço mantêm seus negócios de pé, agora enfrentam represálias diretas, com listas de boicote circulando em grupos de WhatsApp, proibindo funcionários da prefeitura de comprarem em suas lojas.
A prefeitura, que deveria ser a principal força motriz da economia local, tornou-se o epicentro de uma ditadura política, colocando em risco o comércio e o sustento de várias famílias. Com esse boicote, Barroquinha teme viver os próximos quatro anos em uma situação ainda mais alarmante. A tentativa de aniquilar qualquer oposição revela o verdadeiro sabor dessa "vitória": o desespero de quem, embora tenha vencido nas urnas, perdeu o apoio e o respeito da população.
A cidade, que tanto lutou por dignidade e progresso, agora se vê refém de uma gestão que prefere destruir o que há de mais precioso — a força e a esperança de seu povo — para consolidar um poder que, na prática, já está se esvaindo.
Carlos Jardel