Candidato a vereador de Iguatu que forjou próprio sequestro deve ter candidatura cassada, defende MP - Revista Camocim


Clique na imagem para mais informações

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas


Clique na imagem e fale com a gente

Em Camocim, hospede-se nos hotéis Ilha Park e Ilha Praia Hotel. Clique na imagem e faça sua reserva




segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Candidato a vereador de Iguatu que forjou próprio sequestro deve ter candidatura cassada, defende MP



O candidato a vereador em Iguatu, no interior do Ceará, Eliomar Cardoso (PT), de 35 anos, pode ter a candidatura cassada, após a investigação da Polícia Federal apontar que o político simulou o próprio sequestro, na noite da última sexta-feira (30). É o que aponta o Ministério Público Eleitoral, que vai solicitar a documentação da PF e analisar o caso.


A partir do material, será feita uma “análise de ajuizamento de 'Ação de Investigação Judicial Eleitoral' [AIJE] com objetivo de cassação do registro de candidatura com base na Resolução 23.735/2024 do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, anunciou o órgão. 


A norma da Justiça dispõe sobre os “ilícitos eleitorais”. De acordo com Leydomar Nunes Pereira, promotor de Justiça Eleitoral em Iguatu, na 13ª Zona Eleitoral, a ação visará a cassação do registro ou do mandato do candidato, além da inelegibilidade do político por oito anos.


A AIJE deve ser protocolada após a conclusão do inquérito, prevista para esta segunda-feira (2), aponta o membro do MP. 


Ele vai responder um processo criminal pelo crime que ele praticou e vai responder uma ação eleitoral, que chama Ação de Investigação Judicial Eleitoral, cujo objetivo é a cassação e torná-lo inelegível pela fraude praticada. Hoje, o TSE considera que qualquer tipo de fraude, qualquer ato fraudulento, pode ensejar a cassação do candidato".

Leydomar Nunes Pereira

Promotor de Justiça Eleitoral em Iguatu, na 13ª Zona Eleitoral

Mesmo que seja instaurada, a ação não deve ter efeito imediato, já que o devido processo legal prevê a fase de recursos e, desse modo, a possibilidade de Eliomar seguir na campanha.


Entretanto, o candidato pode ficar com o status de “candidatura sub judice” e, caso eleito, correrá o risco de perder o mandato. 


O Diário do Nordeste demandou o PT Ceará acerca do caso. Via assessoria de comunicação, a sigla comunicou que ainda não se reuniu e deve deliberar sobre a situação nesta segunda-feira (2).


ENTENDA O CASO


A Polícia Federal descobriu ser falsa a informação de que Eliomar Cardoso teria sido vítima de um sequestro na sexta (30).


Após uma série de inconsistências, a investigação apurou que o candidato forjou o crime, algo que ele chegou a confessar aos policiais, conforme nota da PF.


O político de Iguatu, que é técnico em enfermagem, havia aparecido com mãos, pés e pescoços supostamente amarrados a arames farpados em um carro. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele disse: "Meus adesivos, rasgaram tudo". 


O candidato chegou a ser "resgatado" pela Polícia Militar dentro do próprio veículo e a Polícia Civil começou a investigar as circunstâncias de uma "ocorrência de sequestro e cárcere privado".


No entanto, de acordo com a PF, Eliomar mentiu para a Polícia quando comunicou o suposto crime. E a situação piorou quando a notícia começou a se espalhar e repercutir nas redes sociais e na imprensa local.


"Crimes dessa natureza serão rigorosamente apurados e os responsáveis responderão pelos seus atos. O candidato será indiciado por falsa comunicação de crime, conforme previsto no artigo 340 do Código Penal Brasileiro", disse a PF. A legislação prevê pena de prisão de um a seis meses ou multa para quem comete esse tipo de ato ilícito.


Diário do Nordeste