A Atenção Primária à Saúde é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde. O paciente procura a Equipe de Saúde da Família de seu território ou comunidade para atendimento. Nos últimos 12 anos, em Camocim, observa-se a decadência da Atenção Primária à Saúde no município, sem a implantação de novas equipes de saúde da família ou ampliação do horário estendido nas equipes existentes, que permitiria o atendimento noturno.
Durante a gestão do ex-prefeito Chico Vaulino, a criação de novas Equipes de Saúde da Família foi prioritária. Foram implantadas cinco novas equipes, aumentando de 15 para 20 equipes, com quatro delas inauguradas com prédios próprios: Unidade Básica de Saúde da Família do Bairro Coqueiros, Unidade Básica de Saúde Nossa Senhora de Fátima, Unidade Básica de Saúde Cruzeiro e Unidade Básica de Saúde Olinda II (a única sem unidade nova inaugurada, mas funcionando). A Unidade Básica de Saúde da Boa Esperança também foi incluída nesse esforço.
Na gestão da Família Aguiar, o foco parece não ser a promoção da saúde da população na comunidade, mas a condução dos pacientes ao hospital após o adoecimento. Durante doze anos, nenhuma nova equipe de saúde foi implantada, mantendo-se as mesmas 20 Equipes de Saúde da Família. Localidades distantes da sede, como Guriú e Tatajuba, e bairros grandes na sede do município, como Boa Esperança, Praia e Rodagem do Lago, que necessitam de novas unidades de saúde para fortalecer o vínculo equipe-paciente e melhorar a qualidade da assistência, não avançaram. Isso demonstra um retrocesso significativo no setor da Saúde, com algumas localidades recebendo atendimento médico apenas uma vez por mês, o que é desumano.
Iracema Gonçalves, enfermeira efetiva do município de Camocim, demitida injustamente por pura perseguição política.