Estudo da Nasa indica que Nordeste e grande parte do Brasil pode ficar inabitável em 50 anos - Revista Camocim


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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Estudo da Nasa indica que Nordeste e grande parte do Brasil pode ficar inabitável em 50 anos



Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Nasa revelou que grande parte do Brasil pode ficar inabitável dentro de 50 anos, devido ao aumento das temperaturas no planeta. Além das terras brasileiras, territórios da Ásia e do Oriente Médio também correm o risco de se tornarem inóspitos.


Publicada na revista Science Advances, a análise foi desenvolvida pela equipe do pesquisador Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Para chegar aos resultados, os cientistas observaram extremos de calor e umidade ao redor do globo, utilizando imagens de satélite e projeções de temperatura de bulbo úmido, método que permite a aferição da umidade no ar.


É importante analisar a umidade, pois, ao se manifestar em excesso, ela dificulta a evaporação do suor, o que prejudica a capacidade do corpo de dissipar calor e, consequentemente, superaquece o organismo. Desta forma, a combinação de altos índices de umidade e temperaturas extremas pode ser letal.


REGIÕES AFETADAS


De acordo com a pesquisa da agência espacial estadunidense, as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil serão as mais afetadas no País.


Não existe uma data exata para determinar quando as condições nesses locais se tornarão hostis, mas os cientistas acreditam que o processo deve acontecer nas próximas décadas, impulsionado pelo desmatamento e pelo consumo imprudente de recursos naturais.


Além do Brasil, partes do sudeste asiático também sofrerão as consequências do aquecimento global, podendo registrar combinações preocupantes de temperatura e umidade até 2070.


Já no Oriente Médio, as regiões próximas ao Golfo Pérsico e ao Mar Vermelho são as mais ameaçadas. Conhecidas pelas temperaturas já elevadas, as localidades verão os termômetros subirem ainda mais nas próximas décadas, podendo se tornar inabitáveis dentro dos próximos 46 anos.


Diário do Nordeste