A prefeita de Camocim demonstra completa indiferença diante do drama enfrentado pela família da senhora Rosanae Vasconcelos, uma mãe atípica cuja filha, uma criança de 6 anos com autismo, foi agredida por um diretor/professor de uma escola pública municipal na última terça-feira (21). Este é um evento escandaloso que tem gerado grande repercussão e comoção na região e no Ceará, configurando-se como o pior caso de agressão a alunos na educação municipal de Camocim. Apesar de ter publicado uma nota na página da Secretaria Municipal da Educação, que conta com poucos seguidores, a repercussão do caso exige uma atenção maior por parte da chefe do executivo. No entanto, a prefeita, que é mãe e profissional da educação, optou por divulgar, em meio à controvérsia, duas atrações musicais para o festival junino que ocorrerá em julho próximo, evidenciando uma clara intenção de abafar a polêmica que está afetando sua gestão. Isso revela um completo descaso diante da gravidade do ocorrido e um desrespeito para com a população.
O que a prefeita precisa fazer? Bem, no mínimo, o que uma gestora competente, empática e comprometida com o bem público faria: demonstrar solidariedade à mãe atípica, pedir desculpas publicamente pela falha da gestão, anunciar e implementar imediatas melhorias para a comunidade a fim de evitar que casos semelhantes voltem a ocorrer, punir o agressor e oferecer apoio psicológico à família durante este momento traumático. É isso.
Carlos Jardel