Ceará tem 74 cidades vulneráveis a inundações, deslizamentos e enxurradas, aponta estudo - Revista Camocim


Clique na imagem para mais informações

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas


Clique na imagem e fale com a gente

Em Camocim, hospede-se nos hotéis Ilha Park e Ilha Praia Hotel. Clique na imagem e faça sua reserva




terça-feira, 21 de maio de 2024

Ceará tem 74 cidades vulneráveis a inundações, deslizamentos e enxurradas, aponta estudo


A tragédia que as chuvas causaram no Rio Grande do Sul, neste ano, torna evidente os impactos das mudanças climáticas no Brasil: e o Ceará, mesmo na outra ponta do País, não está isento de efeitos como inundações, deslizamentos e enxurradas, segundo alerta um mapeamento do Governo Federal.


Fortaleza e outras 73 cidades cearenses estão na lista considerada prioritária pela Casa Civil, do Governo Federal, para monitoramento de desastres. Os municípios são acompanhados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).


O levantamento inclui 1.942 cidades brasileiras, e atualiza um estudo similar realizado em 2012, no âmbito do Programa Gestão de Riscos e Resposta a Desastres (2012-2015). Naquele ano, apenas 39 cidades cearenses constavam no rol. Hoje, são 35 a mais.


73


dos 74 municípios da lista, incluindo Fortaleza, estão vulneráveis a inundações. Outros 50 podem sofrer com enxurradas, e 24 com deslizamentos. Alguns são atingidos por mais de um evento, conforme o Cemaden.


Para ser considerada mais suscetível a esses desastres, a cidade deve atender a pelo menos um dos critérios:


Constar na lista de 821 municípios críticos de 2012;


  • Ter morte registrada relacionada a desastres entre 1991 e 2022;
  • Ter pelo menos 10 registros de desastres entre 1991 e 2022;
  • Apresentar pelo menos 900 pessoas desalojadas/desabrigadas entre 1991 e 2022;
  • Ter pelo menos 500 pessoas em áreas mapeadas com risco geo-hidrológico;
  • Apresentar alta vulnerabilidade a inundações, segundo o Atlas da Agência Nacional das Águas (ANA) de 2014;
  • Registrar 400 dias ou mais de chuvas acima de 50 milímetros, entre 1981 e 2022, média de 10 dias por ano.


No Ceará, além de Fortaleza, localidades como Caucaia, Sobral e Juazeiro do Norte, por exemplo, constam entre as mais vulneráveis a eventos extremos causados por condições climáticas. O risco de deslizamentos, enxurradas e inundações é identificado nas quatro.


O número atual de municípios que se enquadram na lista de vulneráveis a esses sinistros poderia ser ainda maior, se fossem considerados os eventos climáticos de 2023 no Ceará (o estudo do Cemaden contempla apenas o período entre 1991 e 2022).


A cidade de Aratuba, por exemplo, na região serrana do Estado, não aparece entre as cidades mais vulneráveis, embora tenha registrado três mortes após um deslizamento, em março do ano passado.


A vulnerabilidade das cidades a esses eventos encontra um Ceará despreparado, com defesas civis locais desestruturadas, sem integração nem plano de trabalho definido para lidar com eventuais desastres, segundo análise de Haroldo Gondim, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros e coordenador de Proteção e Defesa Civil do Estado.


O gestor ressalta que o órgão estadual “é de apoio”, e precisaria “compor um grande sistema” fortalecido em cada município cearense. “Mas nosso grande gargalo é a falta de estrutura de defesa civil dos municípios. Falta integração de forma mais sistemática e formal. O trabalho às vezes é feito por telefone”, situa. 


Via Diário do Nordeste