Passadas 24 horas do assassinato do vereador por Camocim, César Veras (PSB), o diretor de Polícia Judiciária do Interior Norte, da Polícia Civil do Ceará (PCCE), Marcos Aurélio Elias de França, afirmou, em entrevista ao Diário do Nordeste, que "ainda não tem absolutamente nada que possa apontar qualquer motivo para ele (suspeito) fazer isso".
O garçom Antônio Charlan Rocha Souza foi preso em flagrante pelo crime, por uma composição da Polícia Militar. Segundo o delegado Marcos Aurélio, o suspeito tentou fugir de carro, para outra cidade, logo após o homicídio. Os policiais militares viram o veículo em alta velocidade e realizaram a abordagem ao automóvel. Antônio Charlan se entregou, confessou o crime e entregou o facão utilizado para golpear as vítimas.
"Nós temos autoria e materialidade bem definidas, mas a motivação ainda é prematura falar. Ouvimos pessoas pela manhã de hoje, inclusive colegas de trabalho do suspeito. Ele trabalhava no restaurante há 13 anos. Ainda não tem absolutamente nada que possa apontar qualquer motivo para ele (suspeito) fazer isso", revela o diretor de Polícia Judiciária do Interior Norte.
Conforme Marcos Aurélio, as primeiras testemunhas não apontaram desentendimentos, brigas ou motivos para vingança entre suspeito e vítima. "O inquérito está começando agora, temos 30 dias, que são prorrogáveis por mais 30. As fontes socorridas ainda vão ser ouvidas, quando tiverem condições de saúde", apontou o delegado.
Ao ser preso por policiais militares, Antônio Charlan Rocha Souza teria dito que "estava sendo perseguido por colegas de trabalho e clientes", segundo o investigador. Entretanto, em depoimento à Polícia Civil, o garçom falou que não lembrava o que aconteceu no restaurante. Ele não tinha histórico criminal.
O garçom teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, durante audiência de custódia realizada, nesta segunda-feira (29), no 5º Núcleo Regional de Custódia e de Inquérito com sede em Sobral.
Fonte: DN