O estudante Mateus Facio, de 21 anos, morador de Juiz de Fora (MG), levou um tiro na cabeça e só descobriu quatro dias depois. Ele foi atingido durante o Réveillon, em uma praia de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, segundo reportado pelo g1.
Mateus estava com amigos e sentiu um forte impacto na cabeça, mas achou que tinha sido atingido por uma pedra. Um médico do grupo chegou a conter o sangramento e colocou gelo no local do ferimento.
"Achei que fosse uma pedrada, uma brincadeira de mau gosto, que alguém pegou e tacou uma pedra. Até porque eu não escutei nada. Se tivesse um barulho, eu poderia imaginar que poderia ser. Só que não escutei nada, estava completamente normal”, disse.
Após a virada, Mateus curtiu dois dias de descanso na região e chegou a dirigir 300 km de volta a Juiz de Fora. Em seguida, fez outra viagem bate e volta para o Rio de Janeiro, a trabalho. Apenas no dia 4 de janeiro, o jovem descobriu o que realmente tinha acontecido.
"Fui tirar um cochilo e acordei com o braço um pouco bobo, a mão com movimento estranho, sentia os dedos mexendo, mas não tinha confiança para pegar uma coisa”, relatou. O estudante deu entrada em um hospital e descobriu uma bala de 9 mm alojada na cabeça.
Mateus foi submetido a uma cirurgia de duas horas para a retirada do projétil. Ele passou dois dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), um dia em um quarto no hospital e agora se recupera em casa.
Tiro na cabeça
A bala retirada da cabeça de Mateus deve ser encaminhada para a Polícia Civil de Cabo Frio para investigar o caso. Nenhuma ocorrência envolvendo tiros foi registrada no dia, segundo a Polícia Militar informou ao g1.
Ainda não há suspeitas de quem pode ter efetuado o disparo. A mãe do estudante, Luciana Facio, relata que a família viveu momentos de preocupação e acredita que o filho 'nasceu de novo'.
A situação ajudou o estudante a ter certeza de uma mudança profissional. Antes graduando de administração, o jovem trancou o curso e se matriculou em medicina em dezembro. "Mal sabia que ia acontecer tudo e, no hospital, no tempo que fiquei internado, vi que era o que realmente eu queria para minha vida”, contou.
Diário do Nordeste