Moradores do distrito de Amarelas, em Camocim, não engoliram o fato da Enfermeira da Unidade Básica de Saúde, Thomazia Moreira da Silva, ter sido transferida inesperadamente para outra unidade. A profissional, segundo populares, prestava um bom trabalho e sua transferência teria sido fruto de perseguição politica de um Cabo Eleitoral do vereador César Veras.
Tudo teria ocorrido porque a enfermeira teria cumprido um protocolo de atendimento após a constatação de um óbito em uma residência da comunidade. Ocaso carecia acionar a Perícia Forense do Ceará - Pefoce. Só que o Cabo Eleitoral do César Veras teria prometido aos familiares que o corpo da pessoa falecida não seria levado ao IML do município de Sobral e teria ordenado à Enfermeira o descumprimento do protocolo técnico. Ela não obedeceu, lógico. Fez o que tinha que ser feito, garantindo a perícia.
Irritado, o Cabo Eleitoral prometeu que iria transferir a enfermeira "porque quem mandava na comunidade era ele e o César Veras".
Ao blog, moradores relataram que esse Cabo Eleitoral age como se fosse o Xerife do distrito de Amarelas. É quem escolhe, inclusive com poder de exoneração, os profissionais que devem trabalhar no posto de saúde. E tem mais: ele força os moradores e trabalhadores a votarem no César Veras.
"Nós aqui, quando precisávamos de alguma coisa da saúde, éramos atendidas de forma respeitosa pela enfermeira. Diferente quando vamos atrás do 'Xerife Eleitoral', que além da humilhação, de fazer a gente esperar um tempão, ainda temos que prometer de votar no vereador César Veras, que não merece voto nem um do povo daqui de Amarelas, pois o mesmo não é um vereador presente na comunidade, só aparece nas campanhas eleitorais para pedir votos do povo", disse uma moradora que pediu para não ser identificada, com medo de ser expulsa da comunidade pelo Xerife Eleitoral do Vereador César Veras.
Carlos Jardel