Prestes a completar um ano de seu funcionamento, o Mercado Público da Boa Esperança, inaugurado com pompas pela prefeita Betinha dos Aguiar, no dia 26 de setembro de 2022, está de portas fechadas. Os 22 boxes e as 8 lojinhas deixaram de funcionar há meses. Apenas 3 boxes vinham resistindo ao fiasco promovido por falta de gestão da Secretaria da Pesca, Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente -SEPARHMA, isso até a semana passada, quando ladrões furtaram um dos pontos, deixando a permissionária no prejuízo e amedrontada as duas restantes.
O equipamento público não tem vigias. Apenas dois zeladores durante o dia [um olhando para a cara do outro, ociosos, esperando o dinheiro cair nas contas no final do mês], contudo, não foi apenas a falta de segurança que levou o Mercado ao fracasso em menos de um ano; foi a irresponsabilidade do governo municipal, que inaugurou, mas não se responsabilizou pelo andamento do projeto.
Tudo começou errado a partir do critério para a escolha dos permissionários [por pura afinidade politica!, o famoso apadrinhamento]. Muitos sequer deram um dia de trabalho e logo trataram de repassar os boxs para outros, num arrendamento ilegal e imoral, sem fiscalização da SEPARHMA, que também cruzou os braços diante das dificuldades que os trabalhadores encontraram nas vendas de seus produtos. Faltou investimento no marketing e na publicidade do Mercado e, pior ainda, na capacitação dos trabalhadores, que passaram a ser engolidos pela concorrência dos grandes supermercados.
Foi uma falência previsível diante da cristalina falta de planejamento estratégico por parte da gestão municipal.
Resta juntar os cacos do projeto e reinaugurar planejadamente o funcionamento do equipamento público, antes do impiedoso tempo destruir o que resta, criando mais um elefante branco de responsabilidade da gestão Aguiar.
Por falar em Mercado:
O de dois andares, do Centro Comercial, que não funciona, significa, no momento, o maior desperdício de dinheiro público do povo de Camocim e, queira Deus esteja errado, um dos maiores escândalos de corrupção, tratando-se da infraestrutura do município.
Quem comeu tanto dinheiro nessa obra, cuja ideia inicial, ainda no papel, foi rejeitada pela população?
Carlos Jardel