O Ricardo Vasconcelos pasava o dia falando besteiras no WhatsApp, plantava coqueiros na Beira Mar e tangia vacas na Marilago.
Sob novo comando, a pasta do turismo e desenvolvimento econômico de Camocim precisa, por meio da sua nova gestora, Jaqueline Barreto, reestabelecer e fortalecer o diálogo com a população para voltar a ter a a rara credibilidade de antes, perdida completamente durante os últimos suspiros da gestão Ricardo Vasconcelos.
A pasta é uma das mais importantes do município, pois trata diretamente da política de geração de emprego e renda no terreno mais fértil para tal propósito, que é o turismo. Isso, considerando a vocação natural do lugar e seu leque de possibilidades e desafios.
E por falar em desafios, urge a necessidade de realinhamento da pasta com o trade turístico, cuja relação arranhou-se com o episódio polêmico da implantação da Lei Municipal que estabeleceu a regulamentação dos passeios turísticos no litoral camocinense. Lembra da cobrança das taxas?
Pois bem, as taxas foram abolidas, mas a Lei continua em vigor. Por tanto, é dever da secretaria do turismo, com maestria, fazer com que seja cumprida. Isso significa dizer, também, que a nova mandatária deve exercitar sua capacidade de diálogo diplomático, haja vista que seus afazeres ultrapassam necessariamente os limites municipais, alcançando, por exemplo, a vizinha e poderosa Jjoca de Jericoacoara.
Para além disso, a secretaria municipal do turismo é estratégica para o governo, porque detém, também, importância política. Ou seja, qualquer deslize pode ser prejudicial para a eleição de quem representa o governo, da mesma forma que seu bom desempenho gera capital político.
É bom lembrar que a queda do Ricardo se deu por um golpe político, arquitetado nos bastidores pelos vereadores César e Kléber Veras.
Outro desafio para a nova titular da pasta, é conseguir o que ninguém até o momento conseguiu: 'autonomia' para trabalhar conforme a dinâmica e os objetivos da propria instituição pública.
Por falta dessa autônomia, Ricardo Vasconcelos manteve vida de peão, falando besteiras o dia inteiro em grupos de Whtsapp, tangendo e prendendo vacas na Marilago, plantando coqueiros na Avenida Beira Mar [que não se criaram] e erguendo ridiculas cabanas de palhas apelidadas de NITs, hoje servindo como dormitórios de jumentos.
Desassociar a imagem da gestora dessa ridicularidade é também um desafio.
Por fim, por hora, a senhora Jaqueline Barreto - que tenho na conta de uma servidora comprometida - precisa evitar o encantamento com os elogios que tem recebido desde que seu nome foi anunciado como a nova gestora. Os mesmos que a elogiam são os mesmos que deverão pedir sua cabeça pública numa bandeija num primeiro deslize.
Carlos Jardel