A falta de medicamentos na Farmácia Pública de Camocim e nos postos de saúde é algo bastante preocupante. Vejo com certa frequência, nos grupos de WahtsApp e em redes sociais, o compartilhamento de depoimentos sofridos de camocinenses a respeito da dificuldade que encontram para tratar da saúde, principalmente quando procuram o serviço público: “o remédio está faltando”. É o que se escuta constantemente das pessoas que na sua imensa maioria são pobres e desempregados.
Nas últimas andanças nas regiões de Camocim, presenciei situações tristes de famílias vivendo apenas pela graça de Deus, sem saber o que fazer da vida para acabar com tanto sofrimento.
“Seu frota, aqui a gente vive apenas pela fé”, foi o que me disse uma senhora que tanto precisa de medicamentos de uso contínuo como a realização de exames para descobrir possíveis doenças. Mas que: simplesmente não conseguem remédios e nem exames pela via pública.
Aumentei a crença de que os pobres literalmente vivem apenas pela fé, pois lhes faltam quase tudo, inclusive saúde. Mas aumentei ainda mais a certeza de que essas pessoas são vitimas de um sistema politico que não olha, quando deveriam, para a dignidade das pessoas. E esse fator não pode ser ignorado. Não é possível naturalizar o sofrimento das pessoas, principalmente dos mais carentes, pois quando isso ocorre, alimentamos a corrupção na máquina pública e ajudamos a manter no poder pessoas desonestas, que surrupiam o dinheiro público da saúde.
É dever e obrigação constitucional dos políticos, com mandatos eletivos, cuidar integralmente das pessoas, com atenção especial para os que mais sofrem na sociedade, os pobres. E quando não existe este cuidado, não há motivos para mantermos no poder os que nada fazem.
O povo precisa de trabalho, e precisa de saúde para trabalhar e para viver com mais dignidade, construindo a felicidade nas suas famílias e assim harmonizando o mundo.
Pensemos nisso!
Frota Neto, empresário camocinense