Autismo não é uma escolha - Revista Camocim

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Autismo não é uma escolha


Por Chagas Rocha


Uma definição clara e sucinta do que é o autismo é que trata-se uma condição neurológica que afeta a forma como as pessoas pensam, processam informações e interagem com o mundo ao seu redor. Porém, é uma condição complexa, que ainda há muito o que se descobrir sobre.


Entretanto, já se sabe muita coisa desde a primeira descrição clínica que data da década de 40. Por exemplo, hoje sabemos que a causa envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais, e que o autismo não é uma condição tão rara quanto se pensava décadas atrás.


Não há dados precisos sobre a incidência do autismo no Brasil devido a falta de incentivo à pesquisa e ao problema do subdiagnóstico. Mas de acordo com o último relatório Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, revelou um dado no qual 1 a cada 44 crianças com 8 anos de idade é autista.


Esse número parece assustador? É que geralmente a média de idade em que crianças autistas sem transtorno do desenvolvimento intelectual e sem comprometimento na linguagem funcional são diagnosticadas é de 8 anos, já que as características tendem a passar despercebidas durante a primeira infância.


Conforme a conscientização dos médicos e da sociedade no geral aumenta, mais aptas as pessoas se tornam para levantar a hipótese do autismo, e consequentemente, há um aumento no número de diagnóstico.


Infelizmente, há uma tendência de algumas pessoas pensarem que o autismo é uma escolha ou uma moda, o que é completamente errado e insensível. O autismo, seja qual o nível de suporte, afeta a vida de muitas pessoas em todo o mundo e, diante de uma sociedade capacitista e da falta de acessibilidade, pode tornar a vida mais difícil para elas.


A ideia de que o autismo está na moda é profundamente ofensiva para aqueles que vivem com a condição. Já que o autismo pode trazer muitos desafios, incluindo as comorbidades associadas. Além disso, o autista também tem que enfrentar o estigma e discriminação devido à falta de compreensão sobre a condição.


Quando um tema é permeado de desinformação, muitas vezes é necessário dizer o óbvio: autismo não é uma escolha.


Rocha é autista, Pós-graduando em Educação Especial focada em TEA.