Neta relata que sua avó morreu após ser maltratada em atendimento dos hospitais de Camocim e Martinópole. - Revista Camocim

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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Neta relata que sua avó morreu após ser maltratada em atendimento dos hospitais de Camocim e Martinópole.

Idosa de 75 anos, deficiente visual, diabética, hipertensa e com sangramento, foi derrubada da maca; técnico do hospital, sem ajudar, mandou filho da idosa calar a boca: "cala a boca seu filho da puta".




Segundo o relato de Gleyciane Firmo, sua avó, Rita Firmo do Nascimento, de 75 anos, deu entrada no Hospital Deputado Murilo Aguiar no dia 14 de novembro com sintomas de intoxicação, vômito, diarreia e infecção intestinal. No dia 16  ela recebeu alta  "mas não passaram nem a receita do medicamento", informou a neta, tecendo críticas ao hospital. 


Em casa, em Martinópole, o estado de saúde da anciã se agravou:  corpo inchado e forte sangramento vaginal.  Os familiares acionaram uma ambulância, com enfermeiro, do Hospital Municipal Nossa Senhora da Imaculada Conceição para ajudar no atendimento emergencial, porém, de acordo com o relato,  um profissional da enfermagem, identificado por Manoel, teria se negado a ajudar e ainda teria aconselhado os familiares a colocarem a paciente “com rede e tudo dentro na ambulância”.


“ A gente desatou a rede dela, colocou na maca e levou pro hospital. Quando chegou no hospital, o Manoel enfermeiro — que na realidade é apenas técnico de enfermagem — ao invés de ajudar, ficou com nojo, não quis pegar na minha vó, não quis ajudar a descer a maca", afirmou Gleyciane informando que por falta de ajuda, a senhora Rita Firmo foi derrubada da maca na hora que descia da ambulância.


"Meu pai entrou em desespero, meu pai é filho único, porque fui muito triste a cena que atendeu "quando meu pai disse, pelo amor de Deus, pega a minha mãe, junta minha mãe, ai o Manoel  foi e mandou meu pai calar a boca: 'cala a boca seu filho da puta".


Dona Rita Firmo foi transferida às pressas para o Hospital Regional de Sobral onde foi internada no leito de Unidade de Terapia Intensiva com o quadro de saúde bastante agravada. Ela não resisitiu e foi a óbito. 


A família deverá ingressar com uma ação na Justiça contra os servidores do hospital que  negligenciaram atendimento.


O radialista Miqueias Santos, da Liberdade FM 90.3 apresentará hoje, durante o programa Liberdade Noticias,  na íntegra,  o relato de Gleyciane.


 Confira também a reportagem da página  Mart Cyt.






Carlos Jardel