O Capitão dos Portos do Ceará, Anderson Pessoa Valença, informou na tarde desta quarta-feira (16), durante coletiva de imprensa, na Agência da Capitania dos Portos de Camocim, que um navio patrulha da Marinha do Brasil, saindo da Base Naval de Natal, Rio Grande do Norte, com trinta tripulantes, foi designado para realizar buscas na região onde o pescador camocinense, Antônio Moraes de Almeida, de 48 anos, desapareceu no último dia 12, após cair da embarcação [canoa] durante atividade de pesca.
A data prevista para a embarcação chegar na área de buscas é sexta-feira (18). Os trabalhos serão realizados, segundo o Capitão Anderson, até se esgotarem todas as possibilidades de encontrar o pescador. A Marinha trabalha na perspectiva de encontrá-lo com vida, apesar de considerar os fatores contrários.
O Comandante informou ainda que as buscas estão sendo realizadas no mar e em terra desde que a Agência da Capitania dos Portos de Camocim tomou conhecimento da tragédia, no dia 12. De acordo com ele, fora as embarcações da Capitania, a comunidade marítima da região, em execício no mar, está mobilizada na tentativa de resgatar Antônio Moraes.
Ciopaer
O Centro Integrado de Operações Aéreas - Ciopaer, do Estado do Ceará, apesar de não integrar o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil - SALVAMAR, conforme esclarecimentos do Capitão Valença, vem sendo acionado diariamente para colaborar nas buscas, porém, ainda não foi possível por questões operacionais do órgão integrante das ações de segurança pública do Ceará.
Corpo visto por pescadores
No último dia 15, a tripulação de uma pequena embarcação avistou um corpo, com todas as características do pescador desaparecido, boiando a 9 milhas (ca. 14 km) da costa. A informação foi confirmada pelo Presidente da Colonia dos Pescadores de Camocim, Francisco Xavier Filho, durante a coletiva de imprensa. Ele explicou os motivos pelos quais os pescadores não realizaram o resgate: devido à fragilidade do corpo, já em avançado estado de decomposição, ocasionado pelas substâncias do Mar, eles temeram, durante o recolhimento, arrancar algum membro [braços, cabeças, pernas]. Eles consideraram por bem informar ao Comando da Capitania dos Portos a localização em que avistaram o corpo.
No mesmo dia, a Capitania designou, sem êxito, buscas na região informada. Devido às condições desfavoráveis do tempo, os trabalhos foram interrompidos para não comprometer a integridade dos tripulantes da embarcação militar. Os trabalhos foram retomados no dia seguinte.
Noticias falsas
As fak news sobre o caso do desaparecimento do pescador foram pautadas durante a entrevista. O Capitão Valença destacou que a Marinha, na sua pessoa e do comandante da Agência de Camocim, estão disponíveis para esclarecer as dúvidas da comunidade e prestar todas as informações necessárias sobre as operações desenvolvidas com o objetivo de encontrar o camocinense.
Ficou também o pedido, de membros da imprensa, para que sejam emitidas notas oficiais da Capitania atualizando a população sobre os trabalhos, pois a ausência de informações prestadas pelas autoridades competentes ocasionam especulações e propagação de notícias falsas no universo das redes sociais da Internet e grupos de whtsApp.
Inquérito
Um inquérito será aberto para apurar as condições do acidente. As primeiras informações é de que as normas de segurança foram violadas. Antônio Moraes de Almeida estava sem colete salva-vidas e tinha problemas de saúde [epilepsia] que o impossibilitaria de exercer o trabalho de pesca.
Nota Oficial
O Capitão Anderson Pessoa Valença antecipou que está previsto para hoje, quarta-feira (16), a publicação de uma nota oficial sobre o caso.
Carlos Jardel
Confira também a reportagem do Camocim Portal de Notícias