Um soldado da Polícia Militar do Ceará é investigado por ameaçar eleitores que não votariam no candidato dele. O agente, de nome preservado devido à atual situação do processo, teria efetuado disparos de arma de fogo com a finalidade de coagir eleitores de uma coligação contrária ao seu candidato à reeleição.
A informação vem da Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Conforme a CGD, o investigado ainda teria ameaçado um eleitor que se recusou a vender o voto e instigado pessoas a acionarem a Coordenadoria Integrada de de Operações de Segurança (Ciops) "com o objetivo de criarem falsas ocorrências, e assim desviar a atenção das equipes de serviço".
O fato teria acontecido durante o período eleitoral de 2020, na cidade de Guaiúba, no Interior do Ceará. Há informação que o caso já tinha começado a ser apurado, mas a instrução foi encerrada.
A Controladoria determinou instauração de uma nova sindicância em desfavor do militar estadual, divulgando a investigação em publicação do Diário Oficial do Estado (DOE), dessa segunda-feira (3).
O QUE DISSE A VÍTIMA
A vítima supostamente ameaçada pelo policial prestou Boletim de Ocorrência. Na versão dela, a desavença foi motivada por questões políticas, quando o PM, acompanhado de outros dois homens, foram até a casa dela para tentar comprar voto.
Ela teria dito que seu voto não estava à venda e foi confrontada pelos suspeitos. Ainda segundo a versão da vítima que teria sido contada no Boletim de Ocorrência, 10 dias depois, ela foi perseguida por um veículo conduzido pelo PM.
Diário do Nordeste