O ex-policial militar do Ceará Wandson Luiz da Silva vai sentar no banco dos réus, nesta terça-feira (18), pelo assassinato de Alisson Rodrigo da Silva Rodrigues, ocorrido em agosto de 2018, na Praça Nossa Senhora de Fátima, em frente à Igreja de Fátima, em Fortaleza. Ele também é acusado de integrar um grupo de extermínio.
A vítima teria sido morta por vingança, por ser suspeita de participar da execução de três policiais militares, no dia anterior. No último dia 7 de outubro, a 5ª Vara do Júri de Fortaleza manteve a prisão de Wandson Luiz, "para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução criminal".
O julgamento está marcado para 13h30 desta terça (18), no 3º Salão do Tribunal do Júri, no Fórum Clóvis Bevilaqua. O ex-PM foi pronunciado pela Justiça Estadual (isto é, levado a julgamento) por homicídio qualificado (mediante promessa de recompensa e por recurso que dificultou a defesa da vítima), em decisão proferida no dia 14 de dezembro do ano passado.
"No caso em tela, a materialidade delitiva referente ao homicídio em que foi vítima Alisson Rodrigo da Silva Rodrigues restou provada através do exame cadavérico (...) e os indícios suficientes de autoria pelos elementos e relatos das testemunhas colhidos na fase pré-processual e em Juízo, sob o crivo do contraditório", considerou a juíza Valencia Maria Alves de Sousa Aquino, na decisão.
A defesa do réu pediu à Justiça, no processo, que reconhecesse a nulidade do depoimento de testemunhas do crime e que absolvesse sumariamente o cliente "ante a total impossibilidade de se encontrar no local do fato investigado, estando comprovado, através de documentação oficial do Comando Geral da Polícia Militar do Ceará, que se encontrava de serviço nas dependências de um dos órgãos que compõe o sistema de segurança pública estadual".
VÍTIMA ERA SUSPEITA DE MATAR PMS
Alisson Rodrigo da Silva Rodrigues foi executado com 16 tiros, na Praça Nossa Senhora de Fátima, em frente à Igreja de Fátima, na Avenida 13 de Maio, no Bairro de Fátima, em Fortaleza, na tarde de 24 de agosto de 2018.
Diário do Nordeste