A deputada federal Carla Zambelli (PL) sacou uma arma e apontou para um homem durante uma discussão neste sábado (29), no bairro Jardins, em São Paulo. Em vídeo, é possível ver que a parlamentar atravessa a rua com a arma empunhada e entra em um bar.
Ela alega nas redes sociais que foi agredida por petistas quando saía de um restaurante. "Deita no chão", gritou a deputada para um homem que estava no estabelecimento comercial.
Video gravado por populares desmente a deputada
De acordo com O Globo, o caso ocorreu na Alameda Lorena, que fica próxima do local onde o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza um ato de campanha.
PARLAMENTAR DIZ QUE FOI 'CERCADA E 'AGREDIDA'
Em vídeo após o ocorrido, Zambelli disse que foi "cercada" e "agredida" por "militantes de Lula".
"Fui agredida agora pouco. Me empurraram no chão, um homem negro. Eles usaram um negro para vir em cima de mim, eram vários", diz a parlamentar bolsonarista, ao lado de policiais militares.
Segundo a deputada, ela sacou a arma após uma das pessoas que supostamente a agrediu ter tentado fugir dela enquanto ela esperava a polícia para "dar flagrante".
Em outro vídeo, antes de ela sacar a arma, Zambelli aparece em uma discussão com várias pessoas, quando em dado momento ela cai. Logo depois, ela e seu segurança, empunhando seu armamento, correm atrás de um homem negro.
Vídeo desmente a deputada
ADVOGADOS PEDIRÃO PRISÃO DE ZAMBELLI
O grupo de advogados Prerrogativas informou que vai pedir a prisão de Carla Zambelli ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por porte de arma em período proibido.
Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo, disse em entrevista ao portal Metrópoles, que uma resolução do TSE proíbe o porte e o uso de armas por colecionadores, atiradores e caçadores 24 horas antes e 24 horas depois das eleições. A decisão do Tribunal foi aprovada em 2021.
O descumprimento da decisão pode incorrer em prisão em flagrante. "Vamos pedir a prisão dela ainda hoje. Inadmissível o que ela fez. Pôs a vida de todos em risco e estimulou a violência", informou o advogado.
Diário do Nordeste