Menina de 11 anos que teve aborto negado no Piauí é novamente estuprada e engravida - Revista Camocim

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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Menina de 11 anos que teve aborto negado no Piauí é novamente estuprada e engravida


Um ano após ter o direito ao aborto negado e dado à luz a uma criança fruto de um estupro, uma garota de 11 anos foi novamente vítima de violência sexual e está grávida pela segunda vez na zona rural de Teresina, Piauí. 


Exame realizado na sexta-feira (9) no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, na Capital, identificou que a vítima está grávida de três meses. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. 


A menina tinha 10 anos quando engravidou após ser violentada por um primo de 25 anos em um matagal, em janeiro de 2021. Ela deu seguimento a gestação e teve a criança em setembro do mesmo ano. 


Na época, a mãe dela, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto da filha e disse que o médico afirmara que a garota apontara risco de morte no procedimento. 


Segundo a lei brasileira, o aborto é permitido em casos de estupro, quando a gravidez representa risco de morte para a gestante e, conforme uma decisão da Justiça, em casos de feto anencéfalo — bebê com cérebro subdesenvolvido e crânio incompleto. 


Um ano após ter o direito ao aborto negado e dado à luz a uma criança fruto de um estupro, uma garota de 11 anos foi novamente vítima de violência sexual e está grávida pela segunda vez na zona rural de Teresina, Piauí. 


Exame realizado na sexta-feira (9) no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, na Capital, identificou que a vítima está grávida de três meses. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. 


Na época, a mãe dela, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto da filha e disse que o médico afirmara que a garota apontara risco de morte no procedimento. 


Segundo a lei brasileira, o aborto é permitido em casos de estupro, quando a gravidez representa risco de morte para a gestante e, conforme uma decisão da Justiça, em casos de feto anencéfalo — bebê com cérebro subdesenvolvido e crânio incompleto. 


Em 2021, a garota, que estava quase com dois meses de gestação, também optou por não realizar o aborto. O primo que a estuprou foi morto pouco tempo após por motivos que a família afirma desconhecer.


CRIANÇA ABANDONOU ESCOLA E NEGOU TRATAMENTO 


Desde que o primeiro filho, fruto de violência sexual, nasceu, a menina parou de ir à escola, se nega a ter tratamento psicológico e vive em conflito com os pais, conforme a publicação. 


Há cerca de um mês, ela vive em um abrigo em Teresina. Na ocasião, educadores do local desconfiaram de que ela estaria novamente grávida. 


"Ela estava sem menstruar, arredia e com comportamentos suspeitos. Levamos na maternidade para fazer exame e foi constatado que ela está grávida de três meses. Foi um susto, um choque", relatou a conselheira tutelar que acompanha o caso, Renata Bezerra, do núcleo da zona sudeste de Teresina.


Conforme a profissional, o pai da menina defendeu que fosse realizado a interrupção da gravidez, mas a mãe novamente não autorizou o procedimento. Devido à divergência, o aborto não foi realizado na maternidade Dona Evangelina Rosa. 


"A menina já vive um trauma da primeira gravidez, não tem condições de cuidar de mais uma criança. Ela está sem dormir, perdendo sua infância. Mas a mãe não autorizou o aborto", relatou.

RENATA BEZERRA


Conselheira tutelar que acompanha o caso


"Fiquei sem chão quando soube, indignada. Ela estava morando com o pai, na casa da avó, e o tio que a estuprou estava dormindo no mesmo quarto que ela", detalhou a mãe. Ela ainda disse que não autorizou a interrupção da gestação porque "aborto é crime".

O crime está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. O suspeito continua solto, conforme familiares.


AVÔ CUIDA DA PRIMEIRA CRIANÇA


O pai da menina é quem cuida do primeiro filho dela, fruto de violência sexual. Segundo a conselheira tutelar, ele solicitou uma cesta básica para poder alimentar o bebê, já que está atualmente desempregado e mora com mais outras cinco pessoas. 


A única renda fixa da mãe, que também está sem emprego, são os R$ 600 do Auxílio Brasil.


Diário do Nordeste