A prefeita de Camocim, Elizabeth Magalhães, perdeu a oportunidade de 'ficar na sua', recolhida a insignificância de seu governo, ao ter que se expor ao ridículo, apresentando a capemba ornamentação do festival de quadrilhas de Camocim, com uma pobre cidade cenográfica, cópia fajuta da construída no Granchitão, da cidade de Granja. Os fotógrafos e cinegrafistas da prefeitura, imagino, fizeram um malabarismo para tentar apresentar para o público da grande rede 'o menos feio'.
É impossível não comparar a estrutura do festival de Granja com a de Camocim sem levantar questionamentos. Em tese, a cidade, dona do maior litoral cearense, com mais recursos financeiros, deveria, no popular, 'botar pra gerar' e realizar um evento 'porreta e paidégua', a altura do que merece o povo e da grandeza do município.
Outras áreas também sofrem
Por outro lado, é preciso reconhecer que a gestão municipal não destrata apenas o entretenimento e a cultura, mas também a educação, a saúde e as demais áreas consideradas essenciais. Por isso, caso resolvesse realizar um festival junino não vergonhoso, teria que ter crédito resultante de trabalho eficiente nos demais setores da administração pública. Isso o governo municipal não tem.
Resumindo: o festival é decadente assim como os demais setores da organização pública municipal. A gestão é incompetente e vive de comerciais que não condizem com a realidade do chão concreto onde as pessoas pisam diariamente.
A grande gestora de Camocim continua sendo a Mãe Natureza, que, apesar da falta de uma ousada ação administrativa, por suas prias, lagos, dunas, manguezais, continua atraindo visitantes e , de certo modo, movendo a economia local de forma sazonal.
Carlos Jardel
[Fotos do André Martins publicadas no Camocim Portal de Notícias].