O casamento de elite que os contratados da prefeitura não tiveram o direito de chegar perto: lembrou uma convenção politica. - Revista Camocim

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quarta-feira, 8 de junho de 2022

O casamento de elite que os contratados da prefeitura não tiveram o direito de chegar perto: lembrou uma convenção politica.





Antes que a "babacada" ignore a postagem e me venha com abobrinhas: dane-se! Trato de um evento que tomou natureza pública por registro na grande rede mundial de computadores [a Internet], caso contrário não seria da conta de ninguém. Além disso, o pai da recém-casada é deputado estadual, a mãe é ex-prefeita e, como não estamos falando de um acontecimento fantasma, "o evento" não teria como se esconder do elogio e da crítica pública que, por mais azeda que seja — pelo menos a desse editor  —, não dispõe uma linha adentrando o fórum intimo dos casados e de suas respectivas famílias — isso é algo sagrado e precisa ser respeitado -. Assim sendo, é inútil o puxa-saquismo galopante vir aqui e despejar litros de baba em busca de pontuar com o papai e a mamãe Aguiar


Dada a devida e breve introdução, vamos ao que interessa, o objeto da crítica: as cerimônias de casamento — religioso e civil — da filha do casal líder da situação politica do município, a médica Amanda Aguiar. É que em Camocim o evento reuniu um público formado na sua imensa maioria pelo terceiro, segundo e primeiro escalão de comissionados da prefeitura. Teve convocação nas secretarias. Era preciso público, não importasse o grau de amizade com os noivos — falando disso,  comentários de quem serviu como figurante na celebração [quase todo mundo] afirmam que se o público fosse apenas com os amigos constituídos pelos noivos na "terrá do coró", não renderia uma capela cheia, considerando ser de Fortaleza o verdeiro arco de amizades do casal. 


Foi uma cerimônia que se assemelhou a um evento imperial, uma espécie de convenção introdutória da Princesa Amanda Aguiar ao mundo político. Aquele momento em que o rei reúne os súditos na frente do castelo para fazer seu discurso ecoar  aos quatro cantos do reino informando o nome da sucessora do trono.  Foi o que lembrou a primeira cerimônia de matrimónio da filha do deputado, realizado na Capela de Nossa Senhora de Lourdes, na Praia das Barreiras, onde os ricos de Camocim costumam casar. É bom que se diga: foi o evento para os pobres bajularem a princesa, mas sem direito a um xilito da festa! 


Já o segundo casamento, o Civil, esse sim, foi para os ricos, para os nobres de outras cortes do estado do Ceará [Governadora, ex-governadores, deputados, senadores, políticos aposentados e demais figurões da elite estadual], realizado num dos mais caros e luxuosos espaços da capital cearense, o Iat Club, com uma super produção personificada,  feita por uma importante empresa do ramo, que fez questão de postar nas redes sociais os mínimos detalhes de preparação do espaço e da festa.
 

E como era de se esperar, para esta cerimônia, os súditos, os pobres figurantes, comissionados da prefeitura de Camocim, que não têm importância nenhuma para a família Aguiar, não foram convocados, afinal de contas era um evento de fidalgos e aristocratas, que olham com desprezo para a ralé da sociedade. No mais, os pobres capachos, oprimidos e puxa-sacos já haviam cumprido muito bem a triste função que lhes fora  ordenada na cerimônia religiosa em Camocim: comparecer para bajular, mesmo que a contragosto. 


Fora as questões de plena desconsideração ao povo de Camocim, evidentes nos eventos, cabe refletir e questionar  sobre o luxo e a conta do luxo: quem arcou com a festa milionária? O deputado Sérgio Aguiar, que não tem uma empresa em seu nome, a não ser, como disse certa vez o vereador Emanoel Vieira, "uma rádio falida!",  e tão somente um salário de deputado no valor líquido de apenas R$16 mil!? Por baixo, estima-se que tenha sido uma festança avaliada em torno de mais de R$1 milhão.


Tá, Carlos Jardel, mas o  que você tem com isso? Resposta: primeiro, gozo do direito constitucional de opinar e questionar todo e qualquer evento realizado na esteira da vida pública e principalmente os que envolvem, como protagonistas, agentes públicos.  Assim, lógico, tenho a ver com o que salta aos olhos expostos na bandeja das redes sociais: um festa de casamento luxuosa [milionário], imitando uma convenção politica, com os convidados sendo nada mais e nada menos que os mais importantes políticos do Estado do Ceará... 
 

Bom, e como perguntar não ofende, o que pesa é: quem, por ventura, realmente pagou essa conta? Responda quem  poder. 


No mais, felicidade aos noivos.


Carlos Jardel