A vereadora Tia Lidu [suplente que ocupa a cadeira do James do Peixe] pediu desculpas hoje pela manhã durante a Sessão Legislativa da Câmara de Vereadores de Camocim. Na última, ele utilizou palavras pesadas ao criticar o ex-prefeito Chico Vaulino — cachorro e safado — e ainda mentiu dizendo que o líder político da oposição não ajuda os pobres.
Após pedir desculpas, ela se voltou, zangada, para este blogueiro que vos escreve: chamou o Revista Camocim de “bloguezinho” e depois chamou o Carlos Jardel de “meia-tigela” [litros de risos]. Bom, como tenho Jesus no Coração, e não coloco a culpa no coitado do satanás pelo que faço, já a perdoei! E estou pouco me lixando para o que ela pensa ou deixa de pensar sobre minha pessoa e o meu trabalho.
Agora, entenda a treta
Para situar o amigo leitor, sobre o episódio de hoje, “Tia Lidu a revanche”, em postagem anterior, a critiquei pelo seu palavreado chulo e depreciativo, incompatível com o cargo de vereador. Um flagrante quebra de decoro. Ela não gostou!
1 — Então, hoje ele disse que não tinha que dar satisfação a ninguém da sua vida e dos seus projetos, somente a Deus!
A vereadora está totalmente equivocada! Ela não precisa dar satisfação da sua vida privada. Nesta, o que ela faz ou deixa de fazer, realmente, não é da conta de "seu ninguém". Já a sua vida pública, de vereadora, dessa sim, ela precisa dar satisfação para os camocinenses. Precisa apresentar projetos no legislativo, requerimentos e outras ações de sua vereança.
Resumindo: querida Tia Lidu, a vida de vereador, assim como a de prefeito, deputado e de todos os políticos, SÃO PÚBLICAS, POR TANTO, É DA CONTA DE TODOS! Afinal, esses agentes públicos eleitos pelo povo, no voto. São pagos com dinheiro público, para trabalharem para o povo. Precisam prestar contas e serem transparentes. E ser transparante não é favor, é dever, é obrigação!
2 — A Tia Lidu disse que não deu permissão para tocar no nome dela.
Ela está, mais uma vez, equivocada! O blogueiro lindão aqui não precisa da permissão dela para falar comentar, elogiar e criticar sua vida pública. A Constituição Federal de 1988 já deu essa permissão.
3 — A Tia Lidu pediu para o blogueiro esquecê-la.
Lamento Tia Lidu, mas não tenho como atender esse seu pedido. A senhora é vereadora, participa das sessões da Câmara, utiliza a Tribuna para discursar [mesmo sem apresentar proposta parlamentar]. Ou seja, a senhora é uma vereadora que faz questão de dizer que existe. E eu acompanho assiduamente, há mais de 10 anos, a vida legislativa de Camocim. Como então esquecer? Depois, seu salário de vereadora sai também do meu bolso, né?!
4 — Tia Lidu disse que os projetos dela tem a ver com Jesus, Deus e ajuda os pobres.
Parabéns! Desses a senhora presta conta, de fato, é com Deus e com Jesus, que pedem para as pessoas praticarem a caridade. Mas, como eu não sou o padre e nem o Papa Francisco, não me interesso por esses trabalhos, pois estão na dimensão da sua vida estreitamente religiosa e devocional. Sem falar que parece mais proselitismo politico e religioso do que atividade de parlamento.
A Câmara de Vereadores não é uma extensão das obras comunitária da Madre Teresa de Calcutá ou de Betinho sociólogo. Um vereador não pode confundir o serviço parlamentear com um projeto pastoral religioso e vice-versa.
Outro detalhe que já ia esquecendo, a senhora, e os demais vereadores e políticos, não foram eleitos para trabalharem apenas para os pobres — apesar de concordar que estes detêm a preferência -. A senhora foi eleita para legislar para os pobres, ricos, classe média e milionários, ou seja, para todas as classes sociais.
5 — Tia Lidu não gosta de receber criticas, mas adora criticar!
O remédio é: retirar-se da vida pública! Ora, se existe quem critica Deus e Jesus, imagina eu e a Tia Lidu?!
Força, Tia Lidu!
Carlos Jardel