Fico me perguntando - e a quem poder responder - desde quando participar de missas e cultos passou a ser atividade de Governo e de Agentes da Administração Pública?
Por que? ora, porque a prefeita de Camocim, desde os tempos Monica, não perde a oportunidade de registrar nas páginas oficiais da prefeitura sua participação nas celebrações religiosas, como se tal atividade fosse ação governamental digna de publicidade.
Ao arrepio da laicidade do Estado, a cena é patética, ridícula e que não revela o caráter religioso dos políticos, mas sim - e tão somente - o oportunismo descarado tentando emplacar a impressão de que são figuras públicas que exercem suas funções espelhadas nos princípios do cristianismo, por tanto, supostos políticos "bonzinhos".
A postura de certas lideranças religiosas, diante dessa vaidade louca, é lamentável! Padres e pastores evangélicos deveriam ficar envergonhados, e até mesmo revoltados com esse tipo de exibição politica nos templos. No entanto, vergonhosamente, agem como patrocinadores do ridículo espetáculo, permitindo a reserva de assentos privilegiados e autorizando a realização do festival publicitário, que é o "agradecimento aos figurões pelo patrocínio da festa".
Dependendo do comentarista da celebração - mas tem padre e pastor que também adoram babar - os nomes mais mencionados são os seguintes: Prefeita Betinha, Monica e deputado Sérgio Aguiar.
Já ouvi um fiel: "eu pensei que o padroeiro era a prefeita e o deputado".
A foto acima é registro da participação de ontem (09) na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no bairro do Cruzeiro.
Carlos Jardel