Jornalista Alexandre Garcia é demitido da CNN após ser desmentido ao vivo - Revista Camocim

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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Jornalista Alexandre Garcia é demitido da CNN após ser desmentido ao vivo



O jornalista Alexandre Garcia, apresentador do programa “Novo Dia”, foi demitido da emissora CNN hoje, sexta-feira, 24. Mais cedo, ele foi desmentido ao vivo após defender o tratamento precoce contra a Covid-19 através de medicamentos sem eficácia comprovada. Em nota, a emissora associou a demissão aos comentários de Garcia.


Durante sua participação no quadro “Liberdade de Opinião”, parte do “Novo Dia” de hoje, Garcia falava sobre as denúncias contra a Prevent Senior e declarou que os “remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas”. A empresa é alvo de investigações por supostamente pressionar seus médicos a tratarem pacientes com substância como a hidroxicloroquina.


“Os tais remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas sendo aplicados imediatamente, mesmo antes do resultado do teste. É na fase 1, na fase 2 às vezes evitam hospitalizações. Na fase 1 sempre evitam hospitalizações, sempre evitam sofrimento. Na fase 3 são ineficazes, depois que a pessoa já está hospitalizada ou intubada. [...] Essa questão de eficácia comprovada a gente só vai saber daqui uns três anos. Agora tudo é experimental”, afirmou ele.


Após a participação de Alexandre no quadro, a apresentadora Elisa Veeck desmentiu sua fala, reforçando que sua opinião enquanto comentarista não reflete a posição da CNN.


“Reitero sempre para vocês que nos acompanham que as opiniões emitidas pelos comentaristas do quadro não refletem necessariamente a posição da CNN. E mais um acréscimo aqui neste fim do quadro de hoje, a CNN ressalta que não existe um tratamento precoce comprovado cientificamente para prevenir a covid-19. O que a ciência mostra é que a prevenção, com o uso de máscaras e a vacinação, são as únicas maneiras de combater a pandemia”, declarou.


Polêmicas anteriores de Alexandre Garcia na CNN


No último dia 19, Garcia também foi desmentido após comentários seus no “Liberdade de Opinião”. Na ocasião, ele argumentou que adolescentes “não precisariam tomar a vacina [contra a Covid-19], segundo as estatísticas”. “A estatística mostra que parece que o vírus não se dá bem com jovem, com crianças principalmente”, declarou.


O papel de desmenti-lo ficou com Elisa Veeck, novamente. “Para esclarecer esse tema, nós da CNN Brasil procuramos o infectologista e também diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri. Segundo o médico, a medida que se previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização com formas graves serão entre os não vacinados. Ou seja, a proporção maior de casos graves irá acometer as pessoas que não tomaram a vacina”, disse.


Em maio, no mesmo quadro, Garcia defendeu o “direito” do presidente Jair Bolsonaro assinar um decreto que proíba governadores e prefeitos de decretarem restrições contra a pandemia. O jornalista argumentou que a edição de decretos por presidentes “está na Constituição”. Como resposta, Rafael Colombo, que apresentava o programa, questionou: “E a proteção à vida? Também não está na Constituição?”


Garcia ficou mudo por um instante, suficiente para o apresentador acreditar haver um problema técnico acontecendo, até dizer que “não estava sendo entrevistado”. Colombo ignorou a fala do colega e disse que continuariam o assunto no dia seguinte, pois estava acabando o tempo do quadro. Garcia então proclamou que “não sabia” se voltaria no dia seguinte.


Veja na íntegra o comunicado da CNN sobre a demissão de Alexandre Garcia


A CNN Brasil comunica que rescindiu o contrato com o jornalista Alexandre Garcia nesta sexta-feira (24).


A decisão foi tomada após o comentarista reiterar a defesa do tratamento precoce contra a Covid-19 com o uso de medicamentos sem eficácia comprovada.


O quadro "Liberdade de Opinião" continuará na programação da emissora, dentro do jornal "Novo Dia".


A CNN Brasil reforça seu compromisso com os fatos e a pluralidade de opiniões, pilares da democracia e do bom jornalismo.


O POVO