Pensando a respeito dos 50 anos da fundação da diocese de Tianguá, digo: é tempo de celebração, mas é, principalmente, tempo de análise e reflexão [honesta] que se detenha numa perspectiva de futuro, com foco nos desafios de evangelizar observando os tempos, a sociedade e, obviamente, o Evangelho de Jesus Cristo. Mas precisa ser o olhar do Mestre. - Há quem olhe, revestido do maléfico fundamentalismo, de forma desordenada e superficialmente, apenas para as páginas do primeiro testamento, ignorando a ordem lógica do olhar do Deus de Jesus de Nazaré, contextualizado perfeitamente no Segundo Testamento, na sua forma amorosa de ver e ouvir os clamores do povo sofrido de um tempo, de uma realidade, de um contexto histórico! Detalhe: não por menos adotou-se , do Belgo Joseph Cardijn, há bastante tempo, o método Ver, Julgar e Agir.
Bom, mas não é uma tarefa fácil colocar a Igreja Diocesana de frente para a honestidade dos ensinamentos de Jesus e de suas preferências. Porque exige compromisso dos pastores e das demais pessoas com poder religioso institucional, para desmontar as alegorias e fazer aterrissar o que se transformou em "espaçonave fora de órbita", distante do chão das pessoas de carne e osso.
Está dizendo que os pastores estão distantes do proposito de Jesus? Sim. Estou! E não digo de agora. Há bastante tempo, sem generalizar, pagando um preço alto, bato na mesma tecla que muitos já bateram – inclusive o próprio Jesus e o Papa Francisco.
A reflexão não acaba por aqui. Volto depois. Aqui foi só a primeira provocação.
Carlos Jardel