Um presidente que trabalha pela morte e pela fome do povo - Revista Camocim

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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Um presidente que trabalha pela morte e pela fome do povo

 



Por Paulo Emanuel Lopes*


Esta semana tivemos a votação de uma matéria super importante no Congresso Nacional. Um Projeto de Lei de Emenda Constitucional, chamado PEC, de autoria de uma deputada ligada ao presidente, queria colocar uma impressora ao lado de cada urna eletrônica, em todo o Brasil, para imprimir o seu voto. Assim todos poderiam conferir em quem votou, e o papelzinho cairia direto numa urna lacrada ao lado.


Qual a vantagem desse sistema? Caso um candidato questionasse o resultado, as urnas físicas, que receberam os votos impressos, poderiam ser abertas para, em contagem manual, conferir se o resultado lá bate com o das eletrônicas. Isso seria um processo de “auditagem” da eleição mais confiável que o atual.


Transparência e segurança em uma eleição são fundamentais! Se não houver garantia de que o resultado é confiável, como o lado que perdeu vai aceitar? Então o projeto da deputada bolsonarista é positivo, correto? Não! Porque a intenção do presidente não é garantir eleições mais seguras, mas exatamente o contrário: fazer a população crer que o sistema não é seguro, o que é (mais uma) mentira dele.


Já há auditoria em todas as eleições, tanto que não há fraude comprovada nos 25 anos em que a urna eletrônica é usada no Brasil. Aliás, você sabia que, durante as eleições, nosso País, como muitos ao redor do mundo, recebe observadores internacionais que analisam todo o processo em busca de fraudes?


O Tribunal Superior Eleitoral, órgão do nosso país responsável pela realização das eleições, já se manifestou pela segurança da urna eletrônica. Mas se você não acredita no TSE, vamos pela lógica: por meio desse sistema foram eleitos Fernando Henrique Cardoso, de direita; Lula 2 vezes e Dilma 2 vezes, de esquerda; além do atual presidente, Jair Bolsonaro, de extrema direita. Mas também deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores, prefeitos, vereadores de todos os lados políticos, por todo o Brasil, são eleitos de dois em dois anos por meio deste sistema de votação. 


Se a urna eletrônica vem sendo usada há tanto tempo e vem elegendo políticos de partidos diferentes, por que o presidente e seus filhos políticos, eleitos há décadas por este sistema, só agora não reconhecem a segurança dela?


Acontece que, ao que tudo indica, o presidente, sua família e seu entorno mais próximo, incluindo alguns personagens do alto comando das forças armadas e bolsonaristas infiltrados nas polícias estaduais Brasil afora, estão planejando um golpe político armado no País em caso de derrota em 2022. Esse golpe, aliás, vem sendo tramado desde a eleição de 2018. Lembram que o presidente disse que ganhou no primeiro turno, mesmo assim, apesar da seriedade da acusação, nunca apresentou provas? 


Se você acha que é perseguição ao presidente, basta analisar o que aconteceu nos Estados Unidos com o ex-presidente Trump. Ao ver que não seria reeleito, Trump começou a tumultuar o processo de apuração denunciando fraude nas urnas, sem apresentar provas. Nos estados em que perdeu pediu a recontagem dos votos, o que atrasou a escolha do presidente em alguns dias. Tentou na justiça de todo jeito mas, com um sistema democrático forte, não conseguiu um juiz aliado para lhe dar razão. Quando nada deu certo, fez um discurso forte conclamando seus eleitores a impedirem tal “fraude”. Horas depois seus apoiadores, inspirados nas palavras do seu líder, invadiram o Congresso Nacional dos Estados Unidos, levando à morte 5 pessoas.


Mas o projeto de lei bolsonarista não foi aprovado, então não corremos mais riscos, certo? Infelizmente, errado… O presidente vai continuar dizendo que as eleições serão roubadas, o que é crime contra a Segurança Nacional. Ele quer ser preso para que as pessoas acreditem que ele está sendo perseguido. Ele não vai recuar, está indo para o tudo ou nada.


Mas por quê? Não seria mais fácil para ele apoiar outro candidato melhor colocado nas pesquisas, de modo a se manter no poder? Acontece que Bolsonaro sabe que, ao sair do cargo, será preso pela CPI da Covid-19 por não ter trabalhado para salvar vidas durante esta pandemia. Por isso ele não pode perder de jeito nenhum a cadeira de presidente.


O que nós, cidadãos, temos a perder com isso que está acontecendo em Brasília? Tudo! O que está em jogo são as nossas vidas, seja pelo medo das armas, seja pelo medo da fome e do desemprego.


Um golpe político-militar colocaria o Brasil em estado de guerra e parado economicamente. Gente pobre, gente rica, todo mundo iria sofrer. Você poderá perder seu emprego, sua empresa pode fechar, a aposentadoria da sua mãe não vai dar pra comprar mais nada… Mais fábricas fechariam no País, como foi o caso recente da norte-americana Ford (foto). Nossa moeda iria se desvalorizar ainda mais, porque ninguém no mundo vai querer investir num país sem estabilidade política.


Por isso precisamos combater desde já esse risco de quebra democrática. Independente do seu lado político, religião, raça, todos perderemos por conta da insanidade de um presidente que, com o respaldo do nosso voto, assaltou e vem destruindo nosso País.


*É Jornalista e Publicitário