Deus disse Haja luz, e não quero luz: o que isso tem a ver com a sua vida? - Revista Camocim

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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Deus disse Haja luz, e não quero luz: o que isso tem a ver com a sua vida?



Por Paulo Emanuel Lopes*


No primeiro capítulo do Gênesis, livro de abertura da Bíblia, Deus dá ordens ao nada para que surjam coisas. Esse foi o caso da luz.


“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.”


Observem que Deus não disse que queria luz, ele disse Haja a luz - Fiat Lux, na expressão em latim. Ele expressa uma ordem, não um desejo. A palavra, por si só, carrega o dom da Criação. Tem Poder, e por isso devemos respeitá-la. “Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão DIZER a este monte: 'Vá daqui para lá', e ele irá. Nada será impossível para vocês”, nos disse Jesus, segundo Mateus (17:20).


Na sua vida cotidiana, você deseja as coisas no presente ou no pretérito? Você por acaso diz assim: “eu queria isso… eu queria aquilo?” Pois é, aqui em nossa região nós falamos muito assim, como se quiséssemos algo inalcançável. Outra questão está quando em brigas, momentos de ira, dizemos coisas absurdas sem perceber que podemos estar fazendo mal a nós mesmos. Tem também aqueles pessimistas que passam a vida inteira se reclamando, como se ter problemas fosse algo só deles. Ou aqueles que não param de falar, comentam sobre tudo, sabem de tudo, falam pelos cotovelos e não deixam espaço para a opinião, a existência do outro.


Mas você é daqueles que não crê que o modo, o quê dizemos, como dizemos, não tem poder de influenciar nosso cotidiano? Pois reflitamos de dois modos: se você acredita em Deus, como princípio inteligente do Universo, ou se não.


No primeiro caso, os cinco primeiros versículos da Bíblia acima citados já deveriam falar por si próprios. Mas pode ser que você me diga que estou errado, que esse é um dom exclusivo de Deus e que nós devemos, unicamente, nos subjugar à Sua vontade. Ou seja, não somos criadores, mas vítimas de nossa própria realidade. Esse “racionalismo” esbarra em uma questão filosófica: pode algo ruim vir de Deus? (isso é assunto complexo para outra sexta-feira). Então é possível que a realidade na qual vivemos, boa ou ruim, seja culpa exclusiva nossa, não de Deus?


Se você crê no Criador e viu essa passagem bíblica, já devia ter a resposta. Afinal, disse o Senhor após suas duas criaturas mais bem trabalhadas terem comido o fruto proibido: “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal.” Gênesis 3:22 Para o bem e para o mal, nós somos como os deuses. Dentro de nós reside o Poder da Palavra e da Criação.


Mas se você acredita que minha explicação para o poder da palavra não sobrevive fora da religião, vamos ver o que a Ciência anda descobrindo.


A Física Quântica veio para nos mostrar que as regras que regem as menores partículas do Universo não são as mesmas para nossos corpos ou planetas. Nós tendemos a crer que nosso corpo, nossa realidade é formada de pequenos pedaços de matéria que se “colam” uns aos outros para formar partículas maiores. Mas, à medida que estudamos o universo microscópico, o interior dos átomos, descobrimos que não é bem assim.


Em 1921 Albert Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física pela descoberta do efeito fotoelétrico. Einstein demonstrou que os fótons, menores partículas que compõem a luz, podem se comportar como partículas ou como ondas. 


Alguns anos depois, o cientista francês Louis Victor de Broglie propôs que o princípio dualístico do fóton deveria ser estendido a todas as demais partículas. Experimentos posteriores mostraram algo ainda mais incrível: a depender do observador, o comportamento da partícula é alterado! Isso mesmo que você está lendo: já foi provado que, a depender se alguém observa ou não um experimento, o interior da matéria pode se comportar diferente.


Outro causo: o cientista Masaru Emoto fotografou minúsculos cristais de água congelados, que mantinham contato com palavras e músicas distintas. Ele observou que quando a água era armazenada junto a palavras “boas” como amor, paz, ou com músicas de qualidade como Beethoven, seus cristais assumiam formas mais belas do que em relação à água exposta a palavras como raiva e ódio, e músicas como Heavy Metal.


Embora suas pesquisas sejam muito criticadas, o fato é que a água parece possuir sim propriedades de “lembranças”, como a Homeopatia parece fazer crer. A técnica consiste em diluir uma pequena quantidade de produto farmacológico em uma porção muito grande de água, criando um remédio com uma proporção mínima de substância farmacológica. Ainda assim, o remédio causa o efeito desejado no corpo.


Outra questão interessante é a forma como os medicamentos são testados, como é o caso das vacinas contra a Covid-19. Divide-se o grupo de voluntários em pelo menos 2: parte tomará a vacina, ou remédio desenvolvido, e outra parte tomará uma substância que não faz efeito nenhum, o chamado “placebo”. O interessante do processo é o chamado “triplo cego”: nem o pesquisador, nem o paciente, nem quem analisa os resultados podem saber qual grupo está tomando o remédio e qual não está. Acontece que, ao saber que você está sendo tratado por um médico, o corpo tende a melhorar por si só, e não se saberia se a cura veio do remédio ou do inconsciente do paciente. Ou seja, seu psicológico, a forma como você encara o mundo, tem papel importante no processo de cura.


Espiritualistas e cientistas concordam no mínimo, portanto, que na vida nem sempre 1 mais 1 é 2. Existe um mundo subatômico e subjetivo cujas regras não entendemos completamente. Assim, na dúvida, em seu dia a dia procure adotar boas palavras e alimentar bons pensamentos. Como já disse Shakespeare, “a raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.”


Foto: pensarbemviverbem.com.br


*É Jornalista e Publicitário. Escreve às sextas.