Muita gente não gostou, principalmente os negacionistas que, por motivo nenhum, gostam de promover aglomerações ou perambular irresponsavelmente pela cidade, atentando contra a saúde pública. Mas o decreto rígido da prefeita Betinha, que entrou em vigor hoje (08), foi necessário para tentar conter a nova e impiedosa onda da Covid-19 no município.
Não alimento simpatias pelo modus operandi do grupo Aguiar no tocante a politica e ao governo que ele manipula. Pelo contrário, considero, por exemplo, criminosa a gestão da saúde pública municipal, porém, o contexto que revela a cada dia o quanto o nosso sistema de saúde pública está fragilizado, incapaz de atender a demanda de doentes, outra alternativa, no momento, não resta, a não ser enrijecer as medidas de isolamento.
É claro que a prefeita precisa agilizar o processo de vacinação da população, precisa comprar respiradores, criar UTIs, precisa ser transparente com os recursos e com as demais ações de enfrentamento do vírus. E pra não esquecer: precisa ser realmente rígida com a fiscalização do cumprimento das medidas, caso contrário, nada mudará para melhor e ainda teremos um quadro muito pior em todos os sentidos.
O povo precisa trabalhar para sobreviver, a economia precisa "não morrer". Isso é, indiscutivelmente, correto. Mas aglomerar - como estava e está ocorrendo, mesmo antes e durante a campanha eleitoral - não é o caminho correto.
Quanto a economia, a prefeita Betinha, que negou o Auxilio Emergencial Municipal, precisa fazer algo. É ela que tem, em teoria, a caneta na mão.
ladainha imprestável
"Os governos e os políticos tem culpa, são hipócritas, corruptos, desviam verbas... O vírus entrou de férias na campanha eleitoral e blá blá blá ". Essa ladainha popular é legitima. É expressão da verdade, mas não serve pra nada neste momento. Pessoas estão morrendo e essa "raivinha" é besta diante da morte!
Carlos Jardel