Muitas capelas da Igreja Católica, com mais frequência na Zona Rural, estão desobedecendo vergonhosamente os decretos sanitários de prevenção ao Covid-19, principalmente nos festejos dos padroeiros das comunidades, com aglomerações absurdas de pessoas que "entopem" os pequenos templos sem mascarás e sem respeitarem o distanciamento estabelecido pelos governos.
Fazendo um zoom na foto (acima) do encerramento do 6° festejo de Nossa Senhora da Luz, na Comunidade do Lago Grande, em Camocim, o leitor vai encontrar até mesmo idosos dentro da Igrejinha lotada, sem máscaras, ombro a ombro com outras pessoas desprotegidas.
As igrejas, todas, até mesmo as alienadas e negacionistas, precisam ser exemplos de obediência aos decretos, porque, apesar de falarem de uma proposta de vida eterna, quem as frequentam moram neste mundo, neste planeta chamado terra, nesta sociedade que tem regras de convivências. Por tanto, seja por força de fé ou contra a vontade, as instituições religiosas precisam obedecer tais regras, para não serem colaboradoras de desordens.
Lotar igrejas e capelas, nestas circunstancias, é burrice religiosa! É também crime de desobediências de medidas sanitárias.
Outra situação: o fato de se encher uma capela num festejo religioso não significa dizer que tal ato esteja em conformidade com a vontade de Deus. Uma análise teológica mais madura e honesta vai dizer que é pecado, pois coloca em risco de vida várias pessoas, que apesar de irem de livre e espontânea vontade, são vitimas da má informação e dos que negam a existência da Covid-19.
A Policia Militar e as demais autoridades públicas devem ficar atentos para tal desrespeito e de grave ameaça a saúde pública.
Carlos Jardel