Estudou e se formou em filosofia e teologia à custa dos católicos - já que foi seminarista da Igreja Católica na Diocese de Tianguá, onde se ordenou sacerdote com as devidas pompas-. Por tal motivo, desde sua juventude, viveu como um "príncipe": morando e comendo bem, sem precisar colocar a mão no bolso. E isso não é uma suposição, muito menos um factoide. É uma constatação.
Desta forma, sem reservas, não se pode dizer que o padre camocinense Adriano Rocha da Silva viveu como um pobre ou mendigo de Deus e da Sociedade. Não! Pelo contrário: Viveu como um rico de "bucho cheio". E não me refiro necessariamente à riqueza financeira - se bem que um padre vive muito acima da média de um "lascado" pagador fiel do dizimo -, me refiro, também, à riqueza do prestigio social e do poder que a instituição religiosa normalmente oferece aos seus presbíteros.
E por que estou dizendo isso? Ora, porque o referido padre foi suspenso de ordem pelo bispo de Tianguá, Dom Edimilson, pelo período de 01 (um) ano, para "suposto" discernimento vocacional. Só por isso? Sim! E na minha opinião, o comunicado do bispo poderia ter sido mais recheado de informações, para não gerar especulações desnecessárias quanto aos reais motivos dessa suspenção.
Bom, mas o fato é que Adriano, já com os cabelos grandes, fez uma outra opção para além do exercício normal do seu sacerdócio. Escolheu fazer politica partidária. E onde está o erro ? Humm! É sobre essa questão e com o que ela se relaciona que vou pontuar. E prometo não esgotar as razões nas linhas abaixo. Vejamos:
- Na prática, recentemente, o padre Adriano optou por ser secretário da cidadania e promoção social do novo governo municipal do município de Viçosa do Ceará, cujo prefeito foi eleito sob judice, acusado de ser um improbo. Ou seja, um politico corrupto!
- Só pra lembrar, a Igreja, teoricamente, combate a corrupção ...
- E dane-se: Ele foi financiado pelo povo para ser padre e não secretário de governo. E se não queria ou não quer mais ser padre, está lhe faltando honestidade para renunciar e assumir uma vida civil normal, com ingresso no serviço público da forma correta e honesta: mediante concurso público!
- Esse é o caminho mais honesto, ou pelo menos era. Porém, ele esperou a oportunidade para saltar de um salário bom (de padre) para outro melhor (chefe de pasta do governo municipal).
- Secretário de governo é um cargo politico. O serviço é público, mas o cargo é politico por regra de Lei. Ou seja, o padre Adriano fez um opção puramente politica, sem ficar entre a cruz e espada, pois não foi forçado a nada, a não ser pela própria consciência.
- Não vejo a questão como um "problema de discernimento vocacional", mas sim como um problema de falta de honestidade para com a Igreja e seus fieis , bem como "dele para com ele".
- Se fosse uma "questão de discernimento", o bom caráter religioso o teria conduzido a um retiro espiritual, com a família, amigos e outros mais. No entanto, o padre demostrou que está pouco se lixando para esse tipo experiênci e abraçou o cargo politico com os riscos e estigmas que a função oferece.
- E essa "onda" de insinuar que "o cara" está em "discernimento vocacional" é a desculpa generosa que a Igreja inventou para não dizer que foi vitima de mais um oportunista.
Politiqueiro e fundamentalista
- Enquanto vigário da paróquia de Viçosa, durante as últimas eleições presidenciais, ele utilizou o presbitério, durante celebração eucarística, para oferecer o inferno aos eleitores do Partido dos Trabalhadores, num claro ato de campanha politica partidária. E neste caso, a questão não foi sua preferência partidária, que é normal nessa frágil democracia, mas sim a sua desonestidade intelectual para com as pessoas, principalmente para com os católicos mais humildes, se valendo para isso, do poder religioso com o claro propósito de desequilibrar o pleito.
Orações
- O Bispo pede para que os fieis rezem pelo padre. Estou rezando desde o dia que recebi a noticia, dando graças ao bom Deus e pedindo para que ele nunca mais volte ao Altar como padre. Pois é justamente desse tipo de vocação que, pelo menos para mim, não faz falta.
- Porém, lamento o fato dele ter assumido uma pasta de governo e rezo para que ele não faça com o povo em geral o que fez com os católicos: decepção!
E encerrando minhas considerações, porque o assunto é longo e prometi não esgotá-lo, danem-se os que me colocam no inferno. Aproveitem e fiquem com essa falsa piedade para si...
Carlos Jardel