Desaparecidos em lancha: família reconhece último corpo encontrado no Rio de Janeiro pela sapatilha - Revista Camocim

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas


Clique na imagem e fale com a gente

Em Camocim, hospede-se nos hotéis Ilha Park e Ilha Praia Hotel. Clique na imagem e faça sua reserva




quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Desaparecidos em lancha: família reconhece último corpo encontrado no Rio de Janeiro pela sapatilha


O último tripulante da embarcação 'O Maestro', encontrado no décimo dia consecutivo de buscas, foi identificado como Cláudio Vieira, mecânico náutico de 52 anos. Ele teve o corpo reconhecido nessa quarta-feira (10), quando a esposa e uma amiga estavam a caminho do aeroporto do Rio de Janeiro. No trajeto, ainda na capital fluminense, o  Instituto Médico Legal (IML) de Macaé enviou uma foto da sapatilha da vítima, sendo prontamente identificada pelas duas mulheres. 


"Mandaram só a foto da sapatilha para a Josi, que estava resolvendo essa questão, porque a minha mãe não aguentava mais. Era a sapatilha que ele estava usando no dia", afirma Aline Vieira, filha de Cláudio. Ela acrescenta que a amiga retribuiu a mensagem com a imagem da vestimenta preta que o tripulante vestia no dia do desaparecimento. "Aí eles disseram que era a mesma roupa e foi feito o reconhecimento também pela digital". 


A companheira da vítima, Eurides Vieira, e a amiga seguiram para o embarque no Rio e chegaram a Fortaleza por volta de 18h da quarta. Isso porque, o translado do corpo em um voo comercial está sendo revolvido pelas irmãs de Cláudio. A expectativa é que o sepultamento ocorra neste fim de semana, sem velório por conta da pandemia de Covid-19. 


Resgate


O corpo do mecânico náutico foi resgatado na última terça-feira (9) por um Navio-Patrulha Oceânico a 35 km do Farol de Cabo Frio. No mesmo dia, ele foi levado para a Enseada do Forno, em Arraial do Cabo, e posteriormente entregue ao IML de Macaé para o procedimento de identificação. 


Antes disso, o 1º Comando Naval da Marinha do Brasil havia encontrado os dois primeiros corpos de tripulantes no dia 4 de fevereiro, sendo do pescador Wilson dos Santos e de Ricardo Kirts, um dos donos da lancha. Dois dias depois, foi a vez de Domingos de Sousa, também proprietário, e Guilherme Ambrósio, comandante. 


Em nota, o Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica (DGPTC), por meio do IML de Macaé, informou ao Diário do Nordeste que "todos os corpos já foram identficados". 


O grupo desapareceu nas proximidades do Farol de São Tomé, Litoral Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de janeiro. No último contato com os familiares, os tripulantes descreveram as condições desfavoráveis do tempo, já que a chuva estava intensa e o vento forte. As buscas oficiais começaram no dia 31 de janeiro. 


Lembrança


Cláudio Vieira deixa esposa, dois filhos, um deles morando na Itália, mas sem contato, e uma neta de três anos, fruto da gestação de Aline. A pequena Alice, inclusive, pergunta a cada despertar pelo "vozinho", em tom de saudade e apego. 


"Ele era avô-pai dela. Ainda está muito difícil porque ela fica perguntando 'cadê o vozinho', o 'vozinho vai chegar?', e a gente diz que ele ainda está trabalhando", pondera Aline.

 

Na tentativa de preparar a criança para a perda do avô, A companheira do mecânico, Eurides, deu uma lembrança simbólica a Alice. "Minha mãe ontem trouxe um presente de estrelinha e disse que foi o vozinho que mandou, porque agora ele é uma estrelinha”


Diário do Nordeste