O segundo turno das eleições municipais de 2020, realizado neste domingo (29), consolidou o fracasso do presidente Jair Bolsonaro em seu primeiro teste como cabo eleitoral desde que assumiu a Presidência da República.
As derrotas de Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio de Janeiro, Capitão Wagner (Pros), em Fortaleza, e Delegado Federal Eguchi (Patriota), em Belém, sacramentaram o naufrágio da maioria dos candidatos para quem o presidente da República pediu voto ou indicou apoio, no primeiro e no segundo turnos.
Ao todo, Bolsonaro declarou adesão abertamente a 63 candidatos em todo o país, a quase totalidade durante as suas "lives eleitorais gratuitas". Foram 18 a prefeito, 1 a senador (Mato Grosso teve eleição suplementar, no primeiro turno) e 44 a vereador.
Apenas 11 candidatos a vereador e 5 a prefeito foram eleitos —desses, apenas um de capital, Tião Bocalom (PP), em Rio Branco.
Nas quatro maiores cidades do país em que fez campanha aberta para algum candidato, o presidente não conseguiu sucesso. Além de Crivella e Wagner, Bolsonaro se empenhou pela eleição de Celso Russomanno (Republicanos-SP), que saiu da liderança das pesquisas para terminar em quarto na disputa pela Prefeitura de São Paulo, e Bruno Engler (PRTB), que não teve nem 10% dos votos válidos em Belo Horizonte. Esses dois últimos resultados foram definidos ainda no primeiro turno.
Após o fiasco na primeira etapa, Bolsonaro passou a divulgar apoio a outros candidatos às vésperas do segundo turno, a maior parte deles já franco favoritos àquela altura da disputa.
Um deles foi Roberto Naves (PP), que quase havia vencido no primeiro turno em Anápolis (GO). Ele confirmou o favoritismo e derrotou o petista Antônio Gomide
Informações do Camocim Portal de Notícias via Folha.