Governo de SP diz que 94,7% dos voluntários que tomaram vacina chinesa não tiveram efeito colateral - Revista Camocim

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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Governo de SP diz que 94,7% dos voluntários que tomaram vacina chinesa não tiveram efeito colateral

Na tarde desta quarta-feira (23), o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram nenhum efeito adverso à vacina CoronaVac. A Coronavac, imunizante contra a Covid-19 criado pela chinesa Sinovac e que será produzida em conjunto no Brasil pelo Instituto Butantan, se mostrou segura em seu teste da chamada fase 3 em 50 mil voluntários na China. 

Os dados do estudo foram apresentados nesta quinta (23) pelo governador João Doria (PSDB), o diretor do Butantan, Dimas Covas, e um representantes da farmacêutica chinesa.

Já os resultados sobre a eficácia, que nas fases anteriores foram considerados satisfatórios, devem estar prontos em novembro. Se esse cronograma se mantiver sem percalços, a expectativa no governo paulista é de uma liberação para vacinação em dezembro.

Segundo o estudo chinês, houve apenas 5,36% de efeitos colaterais nos participantes do ensaio, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Os restantes tiveram perda de apetite, dor de cabeça e febre.

"A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população. Estamos muito otimistas com os resultados que a Coronavac apresentou até o momento", afirma Covas.

A Sinovac testa seu imunizante em 10 países, e foi aprovada para vacinação emergencial no seu país de origem. No Brasil, 5.600 dos 9.000 voluntários em 12 centros de pesquisa de cinco estados e do Distrito Federal já receberam ao menos uma dose da vacina.

Se a Coronavac se provar eficaz, São Paulo irá protocolar na Anvisa, a agência de vigilância sanitária do governo federal, um pedido para liberação emergencial da campanha de vacinação. A expectativa é que isso seja possível já no último mês do ano.

Apesar de a vacina ser um trunfo político para Doria, adversário do presidente Jair Bolsonaro e potencial rival em 2022, no governo paulista a avaliação é de que a Anvisa não irá travar o processo de liberação.

Ainda não há detalhes sobre os estudos e acerca de quais grupos seriam vacinados inicialmente –profissionais de saúde são candidatos óbvios.

Um lote de 5 milhões de vacinas chegará da China em outubro. Até dezembro, haverá 6 milhões de doses importadas prontas e outras 40 milhões formuladas a partir de insumos chineses no Butantan, o que cobre toda a população paulista.

Outras 55 milhões de doses devem estar disponíveis no primeiro semestre de 2021. Depois da vacinação em São Paulo, se o imunizante estiver aprovado, o plano é ofertar a Coronavac para outros estados e até países da região.

A nova fábrica de vacinas do Butantan começará a ser construída no mês que vem, e terá capacidade para produzir 100 milhões de doses anuais. A distribuição fora de São Paulo pode ocorrer em acordos pontuais ou depender de um arranjo com o governo Bolsonaro.

Ocorre que, além da rixa política que pode atrapalhar o plano, o Ministério da Saúde tem um contrato para fabricação na Fundação Oswaldo Cruz da vacina inglesa da empresa AstraZeneca e da Universidade de Oxford.

Aí o problema é de outra natureza. A vacina inglesa também está em testes da fase 3, mas houve já duas interrupções nos ensaios devido ao surgimento de efeitos colaterais graves localizados em duas pessoas.

Informações do Diário do Nordeste