Quase uma a cada cinco famílias cearenses (19%) passaram fome ou tiveram dificuldades para conseguir acesso à alimentação, entre os anos de 2017 e 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, divulgada nesta quinta-feira (17), mostrou que 540 mil domicílios do Ceará enfrentaram insegurança alimentar grave ou moderada, no período, atingindo quase 1,9 milhão de pessoas.
Conforme o IBGE, a insegurança alimentar é classificada em três níveis: leve, quando a qualidade da alimentação já está comprometida e somada à preocupação quanto ao acesso futuro; moderada, os moradores têm quantidade restrita de alimentos; ou grave, quando a privação para obter alimentos é tão grande que chega à fome.
Pelo menos 1,3 milhão dos 2,8 milhões de domicílios cearenses entrevistados apresentou algum nível de insegurança alimentar, entre 2017 e 2018. Do total, 786 mil foram classificados com vulnerabilidade "leve"; 365 mil, "moderada"; e 175 mil, "grave". Portanto, cerca de 540 mil famílias passaram fome ou tiveram dificuldades para acessar alimentação.
O último levantamento sobre o assunto foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, quando o número de famílias em vulnerabilidade alimentar grave ou média era menor, cerca de 332 mil. O crescimento em cinco anos, então, foi de aproximadamente 6,5%
Informações do Diário do Nordeste.