Com a entrada da Capital na fase 4 do plano de retomada da economia do Ceará, a expectativa do comércio é que o setor possa registrar uma movimentação maior de pessoas e de vendas. Contudo, segundo o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL), Freitas Cordeiro, ainda não há uma certeza de estabilidade na economia local. O temor é que, caso os protocolos sanitários não sejam de fato seguidos, o projeto possa retroceder e, consequentemente, voltar a fechar estabelecimentos no Estado.
Ontem (17), o governador do Estado Camilo Santana, ao lado do prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, confirmou que a Capital avançará mais uma vez de fase no projeto de reabertura. Contudo, o retorno de alguns segmentos, por conta do risco de aglomeração que apresentam e das preocupações com os indicadores de saúde, teve de ser adiado por mais algum tempo. Entre eles, aulas presenciais, academias, cinemas, bares e eventos.
Essa incerteza com relação ao avanço da pandemia é o que tem preocupado os empresários do comércio. Freitas comemorou a decisão anunciada pelo governador, mas disse que a pandemia ainda requer muito cuidado.
“Que vai movimentar mais, sim, mas não estou 100% confiante, o que tem segurado o setor são as ações emergenciais que podem ser retiradas a qualquer momento. Eu quero acreditar que teremos uma maior sustentabilidade nessa fase, mas ainda não tenho certeza, porque esse momento é bastante complicado”, disse. “Temos muito apoio pelo auxílio emergencial e as flexibilizações trabalhistas, mas a normalidade ainda não chegou”, completou.
Apesar da retirada de alguns segmentos, a entrada de Fortaleza na nova fase permitirá os restaurantes em horário noturno (até 23h), o retorno do transporte interestadual de passageiros, a locação de automóveis com motorista, o comércio de produtos não essenciais e a realização de atividades religiosas com 100% da capacidade, seguindo protocolos.
Informações do Diário do Nordeste.