Chico Vaulino não se aliou a Sérgio Aguiar - Revista Camocim

quarta-feira, 6 de março de 2019

Chico Vaulino não se aliou a Sérgio Aguiar

Não!O ex-prefeito Chico Vaulino não se aliou ao deputado Sérgio Aguiar, e nem pediu ao Governador Camilo Santana para que o comando do Consórcio de Saúde Pública da Microrregião de Camocim fosse repassado ao deputado estadual Sérgio Aguiar. Sérgio e Chico Vaulino são, indiscutivelmente, adversários políticos e seus grupos irão se enfrentar nas eleições para prefeito no próximo ano, 2020. 

A especulação, quilômetros longe da verdade, foi fabricada num momento de desentendimento e vulnerabilidade das oposições em Camocim, com o mero objetivo de jogar a opinião pública contra o ex-prefeito Vaulino, visando enfraquecer sua liderança e gerar o descrédito ao seu eleitorado.

O problema é que a especulação virou noticia quando saiu das redes sociais e passou a ser comentada por emissoras de rádio, isso  logo após o Homem da Tijuca aparacer numa foto com o Secretário de Articulação Politica do Governo, Nelson Martins, no dia 25 de fevereiro, ao lado do federal Zé Aírton do PT. AQUI.

Vejamos

1 - A escolha do presidente do Consórcio é feita através de votação entre os 05 (cinco) prefeitos da região. Todos são aliados do Governador Camilo e dos Ferreira Gomes. E aliados bem mais antigo que Chico Vaulino, que aliás, nem prefeito é, ou seja, nem ao menos vota numa questão desta natureza.

2 - Chico Vaulino é a mais expressiva liderança politica da oposição de Camocim, no entanto, NÃO TEM, elo menos AINDA, esse cacife todo junto ao Governador do Estado - quem dera tivesse, mas, repito, não tem, ainda - e mesmo que tivesse, o governador, que tem se mostrado uma politico democrático e agregador, não trataria a escolha da presidência de um Consórcio dessa forma. Seria, de sua parte, burrice politica!, considerando a importância - pra ele - de cada prefeito.  

3 - Se Sérgio Aguiar - no caso sua esposa - ficar com a presidência do consórcio, será por pura vontade dos demais prefeitos ou por uma improvável imposição do Governo e não por uma indicação ou sugestão do ex-prefeito Vaulino, que passa longe desse enredo. 

4 - É obvio que a presidência do Consórcio deverá ocorrer  dentro de uma articulação politica, mais dificilmente, quase que impossível, tendo a participação politica de Vaulino. 

5 - Vaulino sequer chegou a conversar com o Governador Camilo Santana. Apenas com o Secretário de Articulação Política do Governo do Estado, Nelson Martins. Com o governador, a reunião será em outro momento, até então não revelada a data e nem a pauta. 

6 - Outra questão é: se com Martins o teor da reunião não foi revelado, imagina quando for com Camilo...

O racha da oposição

Naturalmente um racha entre grupos políticos  não é - nunca foi - considerado algo positivo dentro de uma cultura em que se convencionou a máxima de que "politica é soma" e nunca subtração. No entanto, essa rigidez critica, exacerbada, acaba renegando valores democráticos; ninguém é obrigado a seguir ou ficar aliado politicamente com quem quem quer que seja. Como bem disse o vereador Régis da Ipu: "relacionamentos se acabam", alguns mais cedo do que se esperava e outros um pouco mais tarde.

O direito de escolha ainda é algo sagrado em nossa constituição democrática. E isso não descarta a possibilidade do debate critico da relação. Afinal de contas, a critica é fundamental para ambos os lados, pois legitima o processo democrático e constrói a autocrítica.

Agora, para quem almeja "juntar os cacos" de um relacionamento rompido, visando reatá-lo, não caí bem publicar informações que não dão conta da verdade. Isso mais atrapalha do que ajuda. 

Esgotada todas as possibilidades de reconciliação, dentro de uma articulação saudável, não resta outra opção, a não ser tirar o foco do que poderia unir e mirar no que pode ser o embasamento para a construção de uma narrativa opositora, e a partir dai, trabalhar para ganhar a confiança do eleitorado.

O jogo politico existe. Não tem como renegá-lo. Mas é preciso combater as jogadas que extrapolam todos os limites de tolerância. 

Carlos Jardel