O presidente do PROS no Ceará, deputado federal eleito Capitão Wagner, considera que a situação, na verdade, está ficando "insustentável". "Acho que o Governo vai ter que se posicionar, não dá para manter o discurso de combate à corrupção se membros do Governo ou da própria família (Bolsonaro) não agem com clareza e transparência em relação a essa questão", considera.
Correligionário dele (Wagner), o senador eleito Eduardo Girão (PROS) afirma que apoiou Jair Bolsonaro na eleição por ser o candidato mais alinhado com as suas bandeiras, mas "tudo o que for contra esses ideais, de valorização da vida, pela paz, da honestidade, transparência e ética, inclusive de combate à corrupção, terá meu contraponto".
Já o deputado federal eleito Heitor Freire, que comanda o PSL no Estado, rebate dizendo que o caso é "inventado" para "queimar" a reputação do Governo. Ele ressalta que Flávio Bolsonaro já comprovou os depósitos na sua conta. "Ele é empresário, não seria burro de passar o dinheiro para a conta com câmera na Assembleia. Esse caso é apenas um factoide ridículo. Por que não divulgam as movimentações de outros deputados?", questiona o dirigente.
Deputado estadual eleito, André Fernandes (PSL), sustenta que acredita na inocência de Flávio Bolsonaro, mas condena o pedido dele para suspender a investigação no STF. "Para mim, quem não deve, não teme. Não tenho dúvidas de que, se alguma corrupção for descoberta, o presidente não irá defender o corrupto, independentemente de ser alguém da família dele", defende.