A mãe de uma aluna da Escola Sara Barros, em Camocim, registrou uma ocorrência na Delegacia Regional de Policia Civil contra uma professora que teria lesionado a face de sua filha. Ela relata que encontrou a criança chorando na escola com o rosto machucado afirmando ter sido a professora.
Após procedimento na Policia, a mãe da criança foi encaminhada para o Hospital Deputado Murilo Aguiar para realizar o exame de corpo de delito, mas que no primeiro momento o hospital negara a realização do exame, alegando "falta de médico". Somente após a mãe ter recorrido ao Ministério Público foi que o hospital resolveu realizar o procedimento.
O caso também foi denunciado ao Conselho Tutelar, que deverá realizar todos os procedimentos cabíveis para garantir todos os direitos que tem a criança e punir os possíveis agressores.
A mãe da aluna informou ainda que procurou a Secretaria Municipal da Educação, relatou o ocorrido e pediu a transferência de sua filha para outra turma. O pedido foi atendido, no entanto, lhe foi solicitado que não fizesse exposição do caso para não constranger a criança.
"Eu apenas fiz o que eu tinha que fazer", ponderou a mãe, "eu não quero prejudicar ninguém, eu quero apenas justiça", afirmou. "Se a professora não tem culpa, porque ela não me aguardou, para explicar a situação? quando eu cheguei pra pegar minha filha, a professora já não se encontrava na escola, e nem a diretora estava sabendo do caso", relatou a mãe da criança sentindo "que estão querendo a bafar a situação". "Se esta professora fez isso com minha filha, poderá fazer com outras", concluiu.
Opinião
Se duvidar - e existem indícios pra isso - a professora deve ser uma inexperiente, contratada, e sem qualificação profissional. A mãe da criança tocou no X da questão: se a professora não tinha culpa, ou mesmo tendo culpa, deveria ter aguardado a mãe ou responsável para explicar o que de fato ocorrera durante a aula, os motivos pelo qual a criança estava chorando e o que provocou os hematomas. Mas não, preferiu ir embora sem ao menos ter explicado para a diretora, esta, que não soube explicar nada. A professora tinha a obrigação de ter aguardado a mãe da criança para apresentar sua versão dos fatos. Afinal de contas, a criança foi ferida na escola e alguém precisa explicar como isso aconteceu.
Alfinetada
Pense na educação nota 10! sem professores efetivos, capacitados e suficientes para atender a demanda. E pra piorar, dentre os poucos, alguns desqualificados, sem profissionalismo...
Na zona Rural a bagunça na educação é ainda pior; sem professores, alunos estudando em locais inadequados em casas de famílias e em lanchonetes, tendo que carregar carteiras escolares nas cabeças, sendo mal transportados em veículos arcaicos, sem segurança e sem conforto, tendo que suportar o despreparo pedagógico das escolas, cujos efeitos são sempre os piores na vida de cada aluno e na própria comunidade. Tudo isso se configura como negação de direito a educação de qualidade.
É o mundo se acabando em Camocim e a prefeita e o deputado sem controle, fazendo vista grossa, dando ordens ao seu exército de acéfalas para alimentar a imagem de perfeição e de desenvolvimento. E os babacas correm dentro, se esbofeteando mentalmente, expondo a tipica sorridente cara de mané, com o fiofó bem acochadinho, sem ao menos piscar.
Carlos Jardel