SAIU NO JORNAL O POVO: APÓS 10 ANOS, EX-PRESIDENTE DA CÂMARA DE CAMOCIM VAI A JÚRI POPULAR ACUSADO DE MATAR PERUANA EM, FORTALEZA - Revista Camocim

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terça-feira, 26 de setembro de 2017

SAIU NO JORNAL O POVO: APÓS 10 ANOS, EX-PRESIDENTE DA CÂMARA DE CAMOCIM VAI A JÚRI POPULAR ACUSADO DE MATAR PERUANA EM, FORTALEZA

Será julgado em júri popular, nesta quinta-feira, 28, o ex-presidente da Câmara Municipal de Camocim, Benedito Soares, acusado da morte de Patrícia Maria Falconi de Venini. A peruana foi assassinada a tiros em 2007 na avenida Washington Soares, em Fortaleza. Ela estava no carro com o marido, Roberto Carlos Venini Tapia, que escapou da emboscada. Benedito Soares é acusado de encomendar crime de pistolagem. O júri popular ocorrerá às 9 horas desta quinta-feira, na 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. A audiência será presidida pela juíza Daniela Lima da Rocha.

Atualmente morando no Peru, Andrea Venini, 34, filha da vítima, veio ao Brasil com o pai para o julgamento. “A gente sente que é uma impunidade. Ele chegou a ser presidente da Câmara em Camocim e a gente acha que toda essa demora no processo é parte da influência dele”, lamenta.

Benedito Soares Pereira, 90, conhecido como Seu Bené, chegou a trabalhar com Carlos Venini Tapia. Juntos, eles tentavam conseguir empréstimo no Banco do Nordeste para investir em empresa de pesca. Com o recebimento do empréstimo, segundo Andrea Venini, Benedito teria demitido Roberto sem pagamento de salário ou honorário. O crime teria acontecido após o pai entrar com processo trabalhista contra Benedito.

No dia 19 de junho de 2007, Roberto e Patrícia foram baleados dentro do carro do casal. Patrícia foi atingida e não resistiu. Na época, Benedito chegou a passar cinco dias preso, suspeito de mandar matar a mulher, mas, desde então, responde em liberdade. “Até agora nem a questão do assassinato foi resolvida, nem a indenização foi paga no processo trabalhista”, diz Andrea.

Ela conta que, após o crime, ela e o pai voltaram a Lima, no Peru. “Foi muito difícil. Éramos uma família pequena e muito unida, porque morávamos fora do País. Minha mãe morreu com 49 anos, era muito alegre, tinha muitos amigos e tivemos de voltar ao Peru e começar do zero com a ajuda da família”, relembra.

Em entrevista ao O POVO, por telefone, Benedito negou a autoria do crime. O filho do ex-vereador, Flávio Pereira, 50, afirma que não existem provas contra o pai. “É só especulação da pessoa que está acusando ele, um senhor de idade, um homem público que tem princípios religiosos bastantes sólidos”. De acordo com Flávio, o peruano nunca trabalhou para Benedito. “O que havia era uma parceria e ele entrou com um processo trabalhista querendo extorquir meu pai”, afirma.

Flávio sustenta ainda que a morte de Patrícia se deu por assalto e diz que o banco não fez repasse total do empréstimo. “A gente está absolutamente tranquilo. Está entregue à justiça divina e dos homens. Nos depoimentos, nas declarações, ninguém tem prova material de que foi ele, são só ilações”, afirma.

Saiba mais

O assassinato aconyteceu no dia 19 de junho de 2007. No processo, Benedito Soares, conhecido com Seu Bené, é acusado pelo crime de homicídio privilegiado.

No dia 7 de outubro de 2010, Roberto e a filha Andrea Venini prestaram depoimento em Rio Branco, no Acre, devido à facilidade de deslocamento.

Na manhã desta quinta, 28, o júri popular ocorrerá no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, onde todas as partes envolvidas no caso devem estar presentes.

JORNAL O POVO