O promotor de Justiça Paulo Trece e o promotor Dr. Evânio parece que se sentiram ofendidos com nossa opinião, publicada no Revista Camocim, tratando do projeto de contratação ilegal que a prefeita Monica fez mais um vez. Digo: tenho muita admiração e respeito pelo Dr. Trece, mas, esta admiração não vai castrar minha opinião critica com relação ao que penso sobre a atuação do Ministério Público em Camocim em certos assuntos. E fico feliz por ele ter se sentido incomodado com nossas indagações e ter vindo a público, via Rádio Meio Norte FM, no programa "Hora 12", apresentado pelo radialista Ossean Silva, popular Ora Ora, prestar alguns esclarecimentos. Afinal de contas, a situação para os pobres mortais é estarrecedora, carente de alivio informativo, e as autoridades sempre, vez por outra, precisam dar o ar de sua graça, mesmo contra suas vontades.
A princípio digo que me senti homenageado pela Promotoria, com a referência que fez ao nosso blog, mesmo considerando que tenha sido uma menção negativa. Isso não vem ao caso neste momento - não sou orgulhoso (risos) - . O importante é dizer que é interessante para a população ficar sabendo o que já sabe: que o trabalho dos nossos promotores e do Judiciário em primeira instância pode perder o efeito "mediante a canetada" de um desembargador num tribunal de segunda instância. Isso, apesar de ser lógico, é uma boa justificativa e educa a população, estimulando-as a refletir ainda mais sobre a qualidade do judiciário e do Ministério Público que temos no Brasil.
Mas, por que isso ocorre? Por que o trabalho em primeira instância é mal feito, ou por que o deputado e a prefeita usam do tráfico de influências junto ao tribunais superiores "para deitar e rolar" na cidade?
Se formos avaliar tendo estes questionamento como matriz de raciocínio, chegaremos a conclusão definitiva que a divergência na interpretação da lei e no entendimento dos fatos, em muitos casos, é prejudicial para a população, sobre tudo para os mais pobres, e acaba abençoando os poderosos e corruptos.
Ora senhores promotores, com todo o respeito do mundo que lhes devo, é muito fácil dizer que (nós aqui) somos ou fomos irresponsáveis na critica e na informação. Aliás, esta é sempre a parte mais fácil: imputar descrédito ao pequenos! Agora, diante da falta de crédito que sofre as instituições públicas no Brasil, confesso que sou tentado a acreditar na velha máxima popular: os "rigores da lei" existem tão somente para punir os pequenos desordeiros".
Mas senhores promotores, falando sobre a contratação ilegal de servidores temporários promovida pela prefeita de Camocim, que burla o concurso público, sem que nada lhe aconteça, quero dizer que me associo a parcela da população que lamenta e sofre as consequências da fragilidade do Judiciário e do Ministério Público, que não conseguem capturar os "peixes grandes", estes que ignoram as leis, impondo uma espécie de nova ordem social, em que eles dominam TUDO!
E se sou tachado quanto ao meu posicionamento politico partidário, reclamem então da Constituição Federal. E quem é pra ter medo do Ministério Público são os bandidos ( e estes não tem) por que eu haveria de ter? Abraço!
Carlos Jardel
